O avesso do mundo em "O esplendor de Portugal", de Lobo Antunes
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7FZFRA |
Resumo: | A presente dissertação tem o objetivo de sistematizar um escopo de questões acerca do avesso do mundo no romance "O Esplendor de Portugal" (1999), do escritor português António Lobo Antunes. Disseminado em várias instâncias, o avesso do mundo relaciona-se, a princípio, com a caracterização da protagonista e sua experiência com a guerra colonial na África. Reiteradamente empregada na obra antuniana, a palavra avesso apresenta diversas significações e funções, a mais imediata delas está ligada a uma sensação de estranheza ou não-coincidência que as personagens manifestam em relação ao corpo e ao espaço ao seu redor. O estudo examina em que medida o romance retoma o conhecido topos da retórica medieval 'mundo às avessas', a partir de uma leitura imanentista do livro e também de uma pequena análise comparativa da ficção de Lobo Antunes com outras referências bibliográficas pertinentes ao mesmo domínio epistemológico. A investigação aponta de que maneira o aqui denominado motivo do avesso em "O Esplendor de Portugal" pode ser tomado como eixo sobre o qual se estabelecem as inversões e reversões entre colonizador e colonizado, branco e negro, humanidade e monstruosidade, metrópole e colônia presentes na narrativa. |