Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rommel, Leonardo von Pfeil |
Orientador(a): |
Tutikian, Jane Fraga |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/225265
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Resumo: |
A presente tese analisa a representação do combatente da Guerra Colonial na obra do escritor português António Lobo Antunes. Após levantamento bibliográfico da produção ficcional de Lobo Antunes, foram selecionados cinco romances: Memória de elefante (1979); Os cus de Judas (1979); Conhecimento do inferno (1981); Fado Alexandrino (1983) e Até que as pedras se tornem mais leves que a água (2017), narrativas em que o combatente desempenha o papel de protagonista. A pesquisa justifica-se pelo fato de que a Guerra Colonial se assume como evento traumático da história de Portugal, na medida em que assinala o fim do império e, ao analisar a representação e as funções que o combatente desempenha na literatura de Lobo Antunes, é possível examinar que consequências a guerra deixou na memória coletiva e na identidade da nação. O aparato teórico utilizado no desenvolvimento da pesquisa baseia-se em autores que abordam a relação entre a literatura, a história e a sociedade: Eduardo Lourenço; Margarida Calafate Ribeiro; Walter Benjamin; Theodor W. Adorno e Márcio Seligmann-Silva. Concluiu-se que os romances de Lobo Antunes desempenham o papel de epopeias negativas, objetos de memória, livros onde o passado foi reescrito, lido, tocado e transmitido entre as gerações. Os romances analisados buscam resgatar o passado e as memórias subterrâneas dos ex-combatentes para, assim, problematizar e refletir sobre a identidade portuguesa. |