Historical experience and mysticism in the Philosophical History of Damascius

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Tomaz Pedrosa De Tassis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
FALE - FACULDADE DE LETRAS
Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/73393
Resumo: A História Filosófica, um texto histórico e biográfico escrito no século VI d.C. pelo filósofo neoplatônico Damáscio (c. 458/462 – c. 540), também conhecido nos estudos como Vida de Isidoro, chegou até nós em um estado fragmentário. O material existente contém muitas descrições de filósofos e místicos atingindo estados mentais que podem ser descritos como estados alterados de consciência, além de observações de poderes milagrosos e estados que podem ser definidos como análogos à deificação. O objetivo deste estudo é demonstrar uma relação entre a ''decadência'' do mundo pagão percebida por Damáscio e o fenômeno do misticismo, articulando a sensibilidade mística como resposta ao colapso das estruturas históricas e das imagens de mundo (mitos, religiões, rituais). Para isso, analisarei alguns motivos literários presentes no texto, como a doutrina jambliqueana da corporificação presente na História Filosófica, a chamada “estória de Paralio”, relatada na Vida de Severo de Zacarias Retórico e espelhada na História Filosófica, e o uso por Damáscio de topoi literários herméticos e egípcios sobre a queda do Egito e sua relação com uma filosofia cíclica da história que lembra o ''Mito do Grande Ano''. No último capítulo, essas histórias de decadência e marginalidade pagã serão mostradas como constitutivas das experiências que levaram os místicos pagãos nos séculos V e VI a buscar uma absorção no divino (θεοκρασία). Como observação final, articularei a imagem de Damáscio, Isidoro e dos místicos e pensadores “pagãos” da História Filosófica como a de homens santos pagãos engajados em uma busca constante por um tipo de experiência religiosa que estava em declínio no Império Bizantino cristianizado.