Intervenções multissensoriais aplicadas a idosos com demência moderada a avançada residentes em instituições de longa permanência.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/30183 |
Resumo: | Sintomas neuropsiquiátricos (SNP), como agressividade e apatia, são comuns durante a evolução da demência. Quando esses sintomas estão presentes, aumentam a sobrecarga do cuidador e a probabilidade de institucionalização, além de interferirem na realização do cuidado. Uma vez que o controle dos SNP por tratamentos farmacológicos não é particularmente eficaz, nas últimas décadas vêm surgindo diferentes técnicas não farmacológicas com o objetivo de contribuir para melhorar o bem-estar e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas com demência. A estimulação multissensorial (EMS) é uma dessas técnicas. Ela é conduzida através do estímulo de um ou todos os sentidos (audição, visão, tato, olfato e paladar), por meio de experiências sensoriais agradáveis, sem a necessidade de atividade intelectual, e tem demonstrado efeitos positivos de curto prazo. O objetivo deste estudo foi desenvolver um protocolo de EMS e investigar os efeitos do protocolo em idosos com demência, residentes em instituições de longa permanência para idosos (ILPI) filantrópicas. O estudo foi desenvolvido com 60 idosos com demência moderada ou avançada (pontuações na Clinical Dementia Rating — CDR = 2 ou 3 e no Mini-Exame do Estado Mental — MEEM ≤ 17) divididos em grupos de intervenção (GI) (n=30) e controle (GC) (n=30) e seus cuidadores formais. A intervenção com EMS ocorreu individualmente, em um ambiente tranquilo da ILPI, por um período de oito semanas, com duas intervenções semanais (total de 16 sessões), com duração máxima de 30 minutos cada uma. O GC recebeu o cuidado usual de cada ILPI. Os instrumentos de avaliação Inventário de Agitação de Cohen-Mansfield (IACM), Escala de Apatia (EA), Inventário Neuropsiquiátrico (INP), Escala Cornell de Depressão na Demência (ECDD) e Índice de Barthel foram administrados aos cuidadores em dois momentos, pré e pós-intervenção, para avaliar a mudança comportamental dos idosos. Diferenças estatisticamente significativas entre os grupos foram encontradas no IACM total e no domínio Psicose do INP. Melhoras no GI pré e pós-intervenção foram observadas no IACM total e nas suas subescalas humor, alteração de comportamento e sinais físicos; INP total e no domínio Psicose; e no IACM total. No GC também foi observada melhora no ECDD e na subescala alteração de comportamento. Os resultados sugerem que o protocolo de EMS pode ser uma intervenção simples e eficaz para melhorar agitação, depressão e SNP em idosos com demência moderada a avançada residentes em ILPI. |