Caracterização das vias de RNA de interferência na resposta a infecção viral em Lutzomyia longipalpis
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Programa de Pós-Graduação em Microbiologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/43031 |
Resumo: | O aumento de casos de doenças transmitidas por insetos vetores têm contribuído cada vez mais com os encargos de saúde pública. O inseto ainda é o foco para a adoção de estratégias de controle e, para isso é essencial compreender os mecanismos envolvidos na resposta a infecção. Diversos estudos já mostraram a participação dos pequenos RNAs não codificadores (ncRNA), produtos das vias de RNA de interferência (RNAi; miRNA, siRNA e piRNA), nos processos biológicos do inseto e do papel protetor para algumas infecções, como por exemplo as causadas por arbovirus. O sequenciamento dos genomas de alguns insetos vetores facilitou o entendimento de vários destes mecanismos. Em flebotomíneos, o genoma já foi sequenciado e está em fase de anotação o que irá auxiliar no desenvolvimento de diversos estudos. Assim, neste trabalho, nós fizemos a anotação, caracterização e análises filogenéticas dos genes componentes das vias de RNAi, miRNA, piRNA e siRNA, em flebotomíneos. Os componentes das vias são conservados em insetos, sendo observado uma maior divergência entre proteínas das vias de siRNA e piRNA, que estão envolvidas na proteção antiviral e no controle de elementos móveis. Como as vias de siRNA e piRNA tem atividade antiviral em outros insetos, nós também analisamos ncRNAs produzidos em flebotomíneos após infecção pelo Vesicular stomatitis virus (VSV), um Rhabdovirus naturalmente transmitido por flebotomíneos na natureza. A análise dos pequenos ncRNA mostrou que a via de siRNA é a principal ativada após a infecção. Contudo, os ensaios funcionais para verificar se a via atua como uma resposta antiviral, sugerem que tratamento com dsRNA estimula, de forma não específica, a expressão gênica. Isto nos impediu de concluir algo sobre a funcionalidade desta via durante a infecção. É importante ressaltar que ncRNAs correspondentes as três vias de RNAi endógenas estão presentes no flebotomíneo, mesmo sem a infecção pelo vírus. Estudos estão em andamento para finalizar a caracterização das outras vias de RNAi em flebotomíneos em comparação aos outros insetos. Estes dados serão de grande uso para a comunidade. |