"Vontade de permanecer vivo!” A percepção do paciente com fibrose pulmonar idiopática em relação ao tratamento com antifibróticos: um estudo qualitativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Liliane Neto Generoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
MED - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/46921
Resumo: Introdução: A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma doença de etiologia desconhecida, que cursa com perda funcional, dispneia progressiva e comprometimento da qualidade de vida. Os antifibróticos atuam retardando a progressão da doença, reduzindo a exacerbação e aumentando a sobrevida. Embora seguras, essas medicações possuem eventos adversos e não modificam o grau da dispneia ou a qualidade de vida. Objetivo: conhecer e discutir a percepção dos indivíduos com fibrose pulmonar idiopática em relação ao uso de medicamentos antifibróticos. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo que incluiu 17 pacientes com FPI em tratamento com antifibróticos há mais de 6 meses, acompanhados em um centro de referência para doenças intersticiais. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas e os dados foram analisados utilizando a análise de conteúdo temática. Resultados: Os resultados obtidos permitiram a construção de três categorias temáticas: 1)”Vontade de permanecer vivo”; 2) Melhora, retardo ou piora da condição clínica: percepções sobre o tratamento e 3) Efeitos colaterais da medicação: percepções e repercussões no dia a dia. A esperança de se manter vivo ou de se reduzir o sofrimento físico foi compreendida como motivação para buscar o tratamento. Alguns pacientes perceberam melhora em usa condição clínica após o início do tratamento antifibrótico. A tolerância aos efeitos adversos foi alta entre os participantes e, mesmo aqueles que enfrentaram efeitos adversos significativos relacionados à medicação, não interromperam o tratamento. Conclusão: A esperança de viver motivou os pacientes a usar os antifibróticos, mesmo sem a promessa de cura ou de mudanças em seu estado clínico de base. Além disso, esse estudo mostrou que diante de uma doença devastadora, os eventos adversos, mesmo quando agressivos, não impediram os pacientes de continuarem o tratamento.