Efeitos da reabilitação pulmonar em pacientes em lista de espera com fibrose pulmonar idiopática na sobrevida após transplante de pulmão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Florian, Juliessa
Orientador(a): Moreira, José da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179024
Resumo: A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma doença intersticial crônica, mas que pode progredir rapidamente. Sua prevalência varia de 14 a 42 casos por 100.000 na população geral. A sobrevida média dos indivíduos acometidos situa-se entre 2 e 5 anos, a partir do momento do diagnóstico. A FPI caracteriza-se por tosse, dispneia progressiva, hipoxemia, intolerância ao exercício e piora na qualidade de Vida (QV). Atualmente, o transplante pulmonar (TXP) é a melhor opção terapêutica para pacientes com FPI avançada. A reabilitação pulmonar (RP) é um tratamento coadjuvante, baseado em evidências e cuidados multidisciplinares para pacientes com doença pulmonar, extensivo àqueles em lista de espera para TXP. Objetivo: o presente trabalho avaliou os efeitos da RP em pacientes com FPI em lista de espera, quanto à sobrevida após o TXP. Também foram analisados secundariamente, tempo de ventilação mecânica invasiva (VMI), tempo na unidade de terapia intensiva (UTI) e tempo total de hospitalização. Métodos: estudo observacional de 89 pacientes com FPI em lista TXP – 53 controles e 32 que realizaram programa de RP pré-transplante, de no mínimo 36 sessões com acompanhamento e aconselhamento multidisciplinar. Foram considerados tempo de VMI em horas, e tempo de UTI e internação hospitalar em dias. Foram analisados mortalidade na UTI, no 1º ano, 5º ano, e na sobrevida total até o 8º ano. Resultados: Comparados com os controles, os pacientes que realizaram o programa de RP apresentaram menor tempo de VMI após as primeiras 24 horas (p=0,001), menores tempos na UTI em dias (p=0,004), e de hospitalização (p=0,046), além de menor mortalidade na UTI (p=0,006), 5° ano (p<0,001) em 8 anos (p<0,001). Observou-se no grupo RP 54,0% (HR= 0,464, IC95%: 0,222–0,970, p=0,041) menor risco de morte em relação aos controles, e também que os pacientes em VMI por mais de 24 horas, e 11 88,0% (HR=1,881, IC95%: 1,009–5,308, p=0,047) maior risco de óbito. Em uma subanálise, do questionário de QV - SF36, os pacientes que realizaram RP, apresentaram melhora na comparação geral entre todos os períodos avaliados (p<0,05), em todos os domínios, com a exceção da saúde mental. Conclusão: A RP para pacientes com FPI candidatos a TXP melhorou a QV, reduziu as chances de risco de óbito na UTI, e aumentou as chances de sobrevida após o transplante.