Da compatibilidade entre ontologia, antirrealismo e naturalismo na filosofia de Nietzsche.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA Programa de Pós-Graduação em Filosofia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/45511 |
Resumo: | Este trabalho tem um argumento principal: a filosofia de Nietzsche é coerente porque naturalismo, antirrealismo e ontologia são complementares. Essa coerência não é explícita e muitos intérpretes apresentaram soluções diferentes para as dificuldades. No primeiro capítulo são apresentados os limites de algumas interpretações relevantes. Nos capítulos seguintes apresento uma leitura imanente de Humano, demasiado Humano e de Além do bem e do mal. As obras possuem diferenças, mas as formas de pensamento são complementares nas duas. Algumas reivindicações importantes justificam o argumento principal: (1) Nietzsche compreendeu que a naturalização da filosofia transcendental é incompatível com a defesa de um antirrealismo total; (2) não é possível entender a “teoria” do erro sem levar em consideração compromissos ontológicos específicos; (3) o naturalismo de Nietzsche é compatível com especulações ontológicas sobre a essência dos elementos últimos da realidade; (4) Nietzsche foi um defensor apaixonado do valor da verdade, das virtudes intelectuais e do método científico, mas nunca reproduziu um realismo ingênuo; (5) As reflexões epistemológicas, ontológicas e psicológicas estão intrinsecamente conectadas com o problema da formação do filósofo: Nietzsche deseja compatibilizar as virtudes da vida filosófica com as vantagens epistêmicas oferecidas pela cultura científica do seu tempo. |