A estrutura submersa: a ontologia realista de P. F. Strawson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Leones, André Luiz Ponce [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71629
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo qualificar a ontologia realista de Peter Frederick Strawson. Para tanto, partimos do projeto de metafísica descritiva proposto na obra "Indivíduos: um ensaio de metafísica descritiva". No primeiro capítulo, a partir de uma abordagem panorâmica da primeira parte dessa obra, fixamo-nos no papel desempenhado pelos particulares básicos — corpos materiais e pessoas — na estrutura do esquema conceitual. Em seguida, analisamos a utilização por Strawson de argumentos transcendentais para fundamentar a proeminência dos particulares básicos nesse esquema. No terceiro capítulo, debruçamo-nos sobre as críticas feitas por Barry Stroud ao uso dos argumentos transcendentais em "Indivíduos". Para ele, esses argumentos seriam uma malfadada estratégia anticética que redundaria em uma espécie de verificacionismo. Para fazer frente à leitura de Stroud, recorremos às réplicas de P. M. S. Hacker e Roberto Horácio de Sá Pereira. Cada qual a seu modo, Hacker e Pereira reiteram que o objetivo principal de Strawson em Indivíduos não era refutar quaisquer ceticismos, mas, sim, elucidar as interconexões que constituem o nosso esquema conceitual, ou seja, delinear uma ontologia realista em consonância com seu projeto de metafísica descritiva. No entanto, anos depois, Strawson concordou com algumas das críticas feitas por Stroud. No quarto e último capítulo, examinamos o teor dessa anuência parcial bem como do “naturalismo social” proposto por Strawson na fase final de sua trajetória filosófica. Procuramos mostrar que, não obstante eventuais problemas e limitações, tanto os argumentos transcendentais quanto o “naturalismo social” servem ao projeto de uma metafisica descritiva, visando elucidar o esquema conceitual e trazer à tona a estrutura submersa que caracterizaria a nossa ontologia.