Epistemologia e ontologia em Nietzsche à luz do problema do tempo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Nasser, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-01072013-090413/
Resumo: Procurar-se-á evidenciar no presente trabalho o caminho que leva Nietzsche à sua ontologia do vir-a-ser. Será trazida a lume a hipótese de que é através de uma crise epistemológica provocada pelo problema do tempo que surge a ontologia nietzschiana. Por volta de 1873, Nietzsche depara-se, devido a controvérsias em torno do problema do tempo, com insolúveis contradições que se abatem sobre o idealismo, que até então contava com a sua aceitação. Desse episódio se seguem sérias e definitivas transformações estruturais da sua filosofia. Convencido de que a realidade do tempo não pode ser refutada, o filósofo envereda não só para um realismo, mas para um realismo que tem no tempo a sua única propriedade, o que implica tanto a adoção de um novo referencial epistemológico o sensualismo quanto a irrupção de um novo terreno de preocupações a ontologia ou, mais propriamente, uma ontologia do vir-a-ser. Em suma, o envolvimento de Nietzsche com uma discussão localizada sobre o tempo provoca efeitos globais, o que justifica a proposta deste estudo de que o itinerário epistemológico e ontológico da filosofia nietzschiana só pode ser corretamente compreendido à luz do problema do tempo.