Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Lins, Rachel Mazzei Moura de Andrade |
Orientador(a): |
Peixoto, Alexandre Afranio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7219
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Resumo: |
Lutzomyia longipalpis é o principal vetor da leishmaniose visceral americana (LVA), e representa um complexo de espécies crípticas. Trabalhos anteriores sugeriram a existência de quatro espécies com distribuições geográficas distintas: (1) espécie A- Lu. longipalpis sensu stricto – Brasil (Exceto Roraima), (2) Laran – espécie B = Lu. pseudolongipalpis (Venezuela), (3) cis-Andina – espécie C (Colômbia, noroeste da Venezuela e incluíram Roraima no Brasil) e (4) trans-Andina – espécie D (América Central). Além disso, experimentos com cruzamentos, análise dos sons de cópula, feromônios, microsatelites e genes que controlam o som de corte, sugeriram que as populações brasileiras deste vetor representam diferentes espécies que podem ser divididas em dois grupos principais de acordo com o tipo de som (Burst ou Pulsado) que machos produzem durante a cópula. No entanto, nenhuma diferença diagnóstica foi observada entre esses dois grupos na maioria dos marcadores moleculares utilizados até o momento. Inicialmente analisamos a divergência molecular em um fragmento do gene paralytic, um lócus envolvido no controle dos sons de corte em Drosophila, entre diversas populações de Lu. longipalpis do Brasil produzindo sons do tipo Burst ou Pulsado. Comparamos também Lu. longipalpis com uma espécie muito próxima, Lutzomyia cruzi, que produz sons do tipo Burst. Os resultados indicaram um número maior de diferenças fixas entre Lu. cruzi e as populações de Lu. longipalpis com som tipo Pulsado que com aquelas produzindo som do tipo Burst. Os dados confirmaram que as diferentes espécies do complexo Lu. longipalpis no Brasil podem ser divididas em dois grupos, um representando uma única especie e o segundo grupo mais heterogêneo que provavelmente representa diversas espécies incipientes.Também fizemos uma análise macrogeográfica da divergência e fluxo gênico no gene paralytic entre populações de Lu. longipalpis das Américas do Sul e Central. Nossos resultados corroboraram a classificação prévia das espécies B, C e D, e também confirmaram que este vetor representa um complexo de espécies no Brasil com dois grupos principais. Finalmente, fizemos uma análise multilocus usando ortólogos dos genes period, paralytic, cacophony, ebony, fruitless and slowpoke, que estão associados com a produção do som em Drosophila, para avaliar a divergência e fluxo gênico entre as espécies simpátricas do complexo Lu. longipalpis das localidades de Sobral, Jaíba e Estrela no Brasil. Altos níveis de divergência genética foram detectados com evidência de introgressão assimétrica na maioria dos loci. Além disso, nossos dados confirmaram que genes envolvidos na produção do som tendem a mostrar maiores níveis de divergência genética e menos introgressão entre as espécies do complexo Lu. longipalpis que outros marcadores. |