Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Latorre, Daniel Varajão de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-26102015-111843/
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Resumo: |
Entender a relação entre riqueza de espécies e diversidade de nichos ecológicos pode auxiliar a compreensão dos diferentes processos que governam a coexistência de espécies. Caracterizar o nicho de diversas espécies não é trivial, e o nicho é frequentemente estudado a partir de características morfológicas. A massa corpórea está relacionada com características metabólicas, fisiológicas, comportamentais e ecológicas das espécies e então é ideal para estudos ecológicos que envolvem muitas espécies e localidades. Em teoria, um aumento na riqueza de espécies poderia ocorrer tanto pela expansão do espaço de nicho total, quanto pelo empacotamento de nicho, ou mesmo por uma combinação de ambos. Neste trabalho utilizamos massa corpórea de mamíferos terrestres para investigar a ocupação do morfoespaço e a relação dessa ocupação com a riqueza de espécies tanto em assembleias locais, quanto em biotas continentais. No primeiro capítulo desta dissertação, investigamos a variação espacial da disparidade morfológica de mamíferos terrestres e sua relação com a riqueza de espécies. Utilizamos os dados de distribuição geográfica de 4146 espécies para determinar a composição de assembléias locais em um grid com células com 1º de lado. Para cada assembleia, calculamos quatro medidas de disparidade morfológica utilizando massa corpórea como um descritor da morfologia de mamíferos. Comparamos as medidas de disparidade de cada célula com o que seria esperado de acordo com dois modelos nulos (um global e outro regional) que diferem em relação ao pool utilizado para reamostragem. No segundo capítulo, investigamos o efeito da extinção da megafauna e os possíveis efeitos das extinções atuais na distribuição de massa de mamíferos terrestres. De acordo com trabalhos anteriores a distribuição de massa de mamíferos tornou-se bimodal 40 milhões de anos atrás e assim se manteve até o final do Pleistoceno, quando foi modificada pela extinção da megafauna, tornando-se unimodal. Ajustamos dois modelos concorrentes (bimodal e unimodal assimétrico) às distribuições de massa corpórea dos mamíferos de todo o globo e de cada continente separadamente em três momentos de tempo: Final do Pleistoceno, Holoceno e Antropoceno. Os resultados obtidos nos dois capítulos, apesar de observados em escalas muito distintas, sugerem um padrão de empacotamento de nichos nos Neotrópicos. Esse padrão não é influenciado pela extinção da megafauna, e se deve à diversificação de grupos específicos no continente sul americano. Grande parte das espécies dos grupos endêmicos são arborícolas sugerindo a importância das florestas tropicais na diversificação de mamíferos desse continente. Nossos resultados também sugerem que a perda das espécies ameaçadas de extinção no Antropoceno irão resultar em mudanças significativas na África e na Eurásia, dois continentes menos afetados pelas extinções do Pleistoceno |