Claro enigma: a dicção nacionalista em pactos literários e jornalísticos
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-79LDTT |
Resumo: | Por mais sedutora e estável que pareça, a nação é um vazio preenchido historicamente por nobres narrativas de origem No Brasil, país colonizado por três séculos e independente há cerca de dois, algumas das imagens preenchedoras desse vazio se forjaram a partir da Carta de Pero Vaz de Caminha - uma delas, a de maior potência , é a da natureza exuberante habitada por um povo inocente, verdadeiro, livre e feliz - e reverberam desde o Romantismo, no século 19, até os dias atuais, na tela do Jornal Nacional, principalmente nas séries "Brasil Bonito" e "Identidade Brasil". Se a eficiência do discurso romântico estava assentada num pacto discursivo literário como o público da época, incipiente, com baixo nível de instrução e sem tradição de leitura, hoje ela se reatualiza em um pacto midiático que proporciona imagens edificantes da nação, conforto e prazer a seu vasto público. O telejornalismo, ancorado fortemente nos recursos discursivos de simplificação e dramatização, é profundamente lamentado e criticado por muitos intelectuais como uma atividade redutora da realidade, capaz de oferecer apenas uma mera verdade mediana.No entanto, justamente por sua força comunicacional, talvez deva sempre ser reativado quando se tratar de amplas negociações para o desenvolvimento de uma idéia de nação menos excludente. |