A carta de Caminha e o conceito de literatura na historiografia literária brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Braga, Fabio William Lopes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94012
Resumo: Ao longo da história, muitos estudiosos tentaram definir o que distinguiria a literatura das demais manifestações culturais de uma sociedade. A distinção entre ficção e realidade, apesar de válida enquanto tentativa de caracterizar os textos literários, não deixa de ser problemática, pois que as histórias em quadrinhos são ficção, mas não são consideradas como literatura; os autores do Gênesis achavam que escreviam a verdade histórica, mas alguns o lêem hoje como fato e outros, como ficção. Se não existe um texto que seja de todo ficcional ou de todo realidade, há ainda a considerar que qualquer texto escrito pode ser lido subjetivamente. Tendo em vista as mudanças do conceito de literatura, o objetivo desta pesquisa é analisar algumas histórias da literatura brasileira, bem como as leituras que elas fazem da Carta de Pero Vaz de Caminha. Ainda hoje há controvérsias no tocante à classificação da obra, considerada literatura por alguns historiadores da literatura brasileira, enquanto outros a remetem para a história. A partir do estudo das concepções literárias presentes na historiografia literária brasileira, a análise das leituras de Sílvio Romero, José Veríssimo, Araripe Júnior, Afrânio Coutinho, Antonio Candido, Alfredo Bosi e Luiz Roncari, a respeito da Carta de Caminha, permitirá a apreensão da sensível modificação do conceito de literatura brasileira ocorrida ao longo do tempo.