Doce ou atroz, manso ou feroz: os currículos realizados/inventados na relação com a(s) diferença(s) no cotidiano escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Romualdo, Anderson dos Santos lattes
Orientador(a): Marques, Luciana Pacheco lattes
Banca de defesa: Valle, Maria Teresa Esteban do lattes, Silva, Léa Stahlschmidt Pinto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2649
Resumo: A partir da compreensão do efêmero, das incertezas e da complexidade é que construí a presente dissertação. É fruto de minhas indagações perante a escola e à(s) diferença(s) dos(as) educandos(as). Pretendi, então, mergulhar no cotidiano escolar (re)visitando as práticas pedagógicas materializadas nos currículos realizados/inventados problematizando as diversas formas de serestarparecer dos sujeitos. A pesquisa com o cotidiano de base epistemológica da complexidade muito me ajudou a compreender as ondulações, as intempéries, as calmarias vividas/sentidas... O período Atual me permite tal compreensão na medida em que navega sobre o caos/ordem, certezas/incertezas rumo a um processo de diálogo com as diversas culturas. ―Navegar é preciso‖, diz Fernando Pessoa. Tal viagem não se fez sozinha e desacompanhada, pelo contrário, muitos foram os sujeitos e os diálogos que transitaram durante as observações nas salas de aula e dos encontros que realizei com as professoras. Tive como locus os espaçostempos da Escola Estadual São Vicente de Paulo (Juiz de Fora/MG) que mostrou o quão dinâmico e complexo é o seu processo de enfrentamento de situações com seus educandos(as). Assim, as palavras das professoras dos 5º anos do Ensino Fundamental foram peças essenciais de todo esse mergulho, na medida em que houve construções e desconstruções de pensamentos e práticas com as individualidadescoletividades que constituem os seus educandos(as) – sujeitos encarnados e praticantes. No diálogo com as professoras pudemos observar como os sujeitos se constroem/desconstroem com grande mobilidade; como os sujeitos são anulados/exaltados; como os sujeitos são estereotipados; enfim, como a(s) diferença(s) constituem os sujeitos. Para além de estabelecer um pensamento determinista, visualizamos que quando um currículo é ―carrancudo‖, a(s) identidade(s) são consideradas fixas e a(s) diferença(s) são negadas. Em contrapartida, quando um currículo é realizado/inventado, a(s) identidade(s) são consideradas móveis e a(s) diferença(s) são vividas. Portanto, essa pesquisa fez com que eu fosse caçacaçador de mim mesmo e das práticas pedagógicas com a(s) diferença(s).