\'Ponha-se no seu lugar\': processos de estigmatização de crianças na escola pública, a exclusão das singularidades e formas de reexistência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Mateus Rosalvo de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-16092019-154302/
Resumo: O presente trabalho pretende apresentar uma abordagem sobre os estigmas e os processos de exclusão de crianças na escola pública a partir da compreensão de um conflito entre o ideal normalizador e as expressões de múltiplas formas de ser no cotidiano escolar. A partir da perspectiva etnográfica das relações entre crianças e adultos no ambiente escolar, essa pesquisa propõe que a recusa aos processos de normalização defende formas singulares de vivenciar a experiencia escolar. O centro do conflito se apresenta quando as singularidades são lidas pelos adultos da escola enquanto desvio, indisciplina ou alguma característica negativa da criança, o que leva à formulação de estratégias que buscam conter e apagar do contexto o que é interpretado como desvio. A estigmatização e a rotulação de meninos e meninas enquanto inadequados a um ideal de escola harmônico e homogêneo leva ao uso de estratégias que, ancoradas em preconceitos e valores sócio históricos e culturais dos adultos buscam na violência simbólica formas de deslegitimar e excluir as singularidades do cotidiano escolar. O objetivo desta pesquisa é, portanto, desnaturalizar tais formas de violência que buscam o apagamento de expressões singulares e diversas do cotidiano escolar. Trata-se, sobretudo, de defender a escola enquanto o espaço das diferenças e das possibilidades de ser em substituição a uma forma disciplinar e normalizadora que, para além da escola enquanto instituição se faz presente nas práticas cotidianas.