Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Hugo Cesar Bueno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-07112018-141650/
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Resumo: |
Nos últimos tempos, a questão da identidade e diferença tornou-se tema central e recorrente no debate educacional e, principalmente, curricular. No caso específico do currículo, a questão da diferença tem recebido grandes contribuições das teorias póscríticas, justamente o campo teórico que inspira o currículo cultural da Educação Física, uma proposta que se afirma a favor das diferenças. Desta feita, a identidade e a diferença não são entidades preexistentes ou que se fizeram presentes a partir de algum momento fundador; elas não são elementos passivos da cultura, elas têm que ser sempre criadas e recriadas. A identidade e a diferença estão relacionadas à atribuição de sentidos ao mundo social e à disputa em torno dessa atribuição. Com base nesse pressuposto, indagamos como o Outro é visto e percebido nas aulas, ou seja, como professores/as e estudantes, em meio à complexa rede de significados que circulam no ambiente escolar, lidam com as diferenças. Para tanto, submetemos à análise cultural 15 relatos de experiências produzidos por professores e professoras que afirmam colocar em prática a proposta. O material foi confrontado com os Estudos Culturais, o multiculturalismo crítico e a produção pós-estruturalista. Os resultados indicam que as ações didáticas realizadas pelos docentes são tecidas no jogo da identidade e diferença e muitas das atividades de ensino propostas pendem mais para um viés orientado na chave da diferença, pois arriscam uma docência que valoriza as práticas corporais dos grupos minoritários; que problematiza os discursos sobre elas e seus representantes, no sentido de visibilizar as representações possíveis de serem enunciadas; que se utiliza de diferentes estratégias para afetar os/as estudantes em suas significações; e que incisivamente desconstrói discursos preconceituosos, acaba por se apresentar como uma força que, no tecido social e escolar, produz novos modos de conceber tanto as manifestações da cultura corporal, quanto a identidade provisória dos seus sujeitos. |