Avaliação do potencial terapêutico e estudo da atividade imunomodulatória e antimicrobiana in vitro e in vivo de diferentes formas de clavaninas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Osmar Nascimento lattes
Orientador(a): Franco, Octávio Luiz lattes
Banca de defesa: Amaral, André Correia do lattes, Campos, José Marcello Salabert de lattes, Santos, Marcelo de Oliveira, Maranduba, Carlos Magno da Costa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4272
Resumo: As infecções relacionadas à assistência à saúde (IrAS), são uma das principais causas de mortalidade e aumento dos custos hospitalares em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos casos em que um paciente adquire uma IrA e esta não é tratada adequadamente, a mesma pode evoluir para um quadro mais grave, podendo levar a sepse e consequentemente na maioria dos casos a morte. A sepse representa um importante problema de saúde pública, entretanto, um tratamento eficaz para esta síndrome ainda não foi encontrado. Peptídeos antimicrobianos foram relatados para modular a resposta à infecção bacteriana na sepse, independente dos mecanismos de resistência conhecidos para os antibióticos. Desta forma, procurou-se investigar a atividade imunomodulatória de duas formas de clavaninas sobre monócitos RAW 264.7, bem como a atividade antimicrobiana e a citotoxicidade in vitro. Em ensaios in vivo a genotoxicidade, a ação das clavaninas sobre a migração de neutrófilos e a eficácia do tratamento com as clavaninas em um modelo de infecção de ferida operatória por S. aureus e sepse polimicrobiana grave também foram avaliadas. Os estudos in vitro demostraram que as clavaninas inibiram completamente o crescimento de E. coli, K. pneumoniae e S. aureus, preveniram a secreção de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-12) e NO, e aumentaram a secreção de IL-10. Além disso, as clavaninas não apresentaram atividade citotóxica sobre as células RAW 264.7. Nos experimentos in vivo, as clavaninas não apresentaram genotoxicidade, além de apresentarem-se quimoatraentes para neutrófilos. As clavaninas, também, reduziram significativamente as unidades formadoras de colônias de S. aureus no modelo experimental de ferida operatória, e reduziram a mortalidade dos animais sépticos em mais de 50%, quando comparados com animais controle. Devido à sua ação direta sobre células do sistema imune e microorganismos, as clavaninas aparentam ser compostos potenciais para o tratamento de infecções bacterianas graves como a sepse, demonstrando alto valor biotecnológico.