Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral uma vez por semana no tratamento da bexiga hiperativa em crianças - um estudo de não inferioridade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Lidyanne Ilidia da lattes
Orientador(a): Bastos Netto, José Murillo lattes
Banca de defesa: Toledo, Antonio Carlos Tonelli de lattes, Reboredo, Maycon de Moura, Machado, Marcos Giannetti, Fonseca, Maria Luiza Veiga da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00146
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15988
Resumo: Introdução: A bexiga hiperativa (BH) é o distúrbio miccional mais prevalente na infância, tendo como principal manifestação a urgência miccional. A eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral (ENTP) foi introduzida como uma alternativa de tratamento seguro, bem tolerada e sem efeitos colaterais nas crianças com BH. Entretanto, os protocolos de tratamentos descritos exigem várias sessões semanais, o que pode dificultar a adesão ao tratamento. Assim, o presente estudo pretende comparar os efeitos da ENTP no tratamento de crianças com bexiga hiperativa idiopática realizado com sessões únicas semanais com o protocolo de três sessões por semana. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico controlado e randomizado de não inferioridade, no qual 22 crianças foram randomizadas em dois grupos: G1s (ENTP 1x/semana e uroterapia) e G3s (ENTP 3x/semana e uroterapia). Em ambos os grupos foram realizadas 20 sessões, com duração de 20 minutos cada, com frequência de 10Hz e largura de pulso de 700µs. As crianças foram reavaliadas ao final das 20 sessões. Resultados: Não foram encontradas diferenças entre os grupos após o tratamento quanto às variáveis estudadas: frequência urinária (p=0,06), urgência miccional (p>0,99), incontinência urinária (p=0,38), percepção subjetiva dos responsáveis avaliada pela escala visual analógica (p=0,74), percentual de noites secas nas crianças enuréticas (p=0,67), constipação intestinal avaliada por meio dos critérios de Roma III (p=0,31) e da Escala de Bristol (p=0,09), e nas medidas volumétricas avaliadas pelo diário miccional, volume miccional máximo (p=0,90) e volume miccional médio (p=0,38). Conclusão: A ENTP realizada com sessões únicas semanais não se mostrou inferior ao realizado três vezes por semana no tratamento da bexiga hiperativa em crianças.