Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lívia Mara
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Orientador(a): |
Silva Filho, Ademar Alves da
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Banca de defesa: |
Cunha Júnior, Armando da Silva
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Pinto, Priscila de Faria
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8586
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Resumo: |
A esquistossomose, causada pelo parasito Schistosoma mansoni, é um grave problema de saúde pública no Mundo e no Brasil e está presente na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, Minas Gerais (MG) é o estado mais afetado com a doença. Atualmente, há um grande número de doentes e o tratamento é obtido somente com um fármaco (praziquantel), ineficaz contra formas jovens do parasito e com relatos de resistência. Sendo assim, a pesquisa de novos fármacos esquistossomicidas torna-se muito importante. O uso de substâncias naturais destaca-se nesse cenário, sendo a cardamonina e a licochalcona A, chalconas com atividades esquistossomicidas já registradas em literatura. A nanotecnologia permite a incorporação de substâncias ativas em sistemas de escala nano que por sua vez, diminuem a toxicidade e aumenta a biodisponibilidade de substâncias. As nanopartículas lipídicas sólidas (NLS) constituem um interessante sistema, pois são compostas por lipídeos, em sua maioria, biocompatíveis. A associação de nanotecnologia e produtos naturais foi desenvolvida nesse trabalho para um possível tratamento da esquistossomose. As NLS foram desenvolvidas por homogeneização por alto cisalhamento e caracterizadas em relação ao potencial zeta, tamanho da partícula, índex de polidispersão (PdI), eficiência de encapsulação, liberação in vitro, estabilidade e citotoxicidade. Ensaios de toxicidade mostraram que as nanopartículas diminuem a toxicidade das substâncias diante de macrófagos da linhagem celular J774 e a hemólise. As formulações foram testadas in vitro e in vivo contra vermes adultos de S. mansoni e provocaram a morte dos parasitos. In vitro, a cardamonina incorporada em NLS provocou a morte de 100% dos parasitos em 24 horas na concentração de 25 μM, além de significante redução da atividade motora dos parasitos, resultados semelhantes ao obtido com a cardamonina livre. As NLS com licochalcona A provocaram a morte de vermes adultos em concentração menor do que a licochalcona A livre. In vivo, quando administrada via oral, a nanopartícula com licochalcona A diminui a carga parasitária em 30%, enquanto que a substância livre foi ineficaz. Pela via intraperitoneal, tanto a licochalcona A livre e encapsulada reduziram mais de 50% da carga parasitária. Os resultados obtidos indicam que as NLS contendo os ativos encapsulados são uma alternativa mais segura para o hospedeiro em tratamento da esquistossomose. |