Epidemiologia da esquistossomose em uma área urbana da cidade de Salvadora - BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Chaves, Camila Freitas
Orientador(a): Silva, Luciano Kalabric
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54958
Resumo: INTRODUÇÃO: No Brasil, apesar da diminuição da migração rural-urbana, a população urbana continua crescendo e, somado a outros fatores, esse crescimento promove a urbanização acelerada e desordenada das populações, levando ao surgimento de áreas com precárias condições de moradia e saneamento, e, consequentemente, à disseminação e persistência da esquistossomose nas grandes cidades. OBJETIVO: Identificar a transmissão da esquistossomose e descrever sua distribuição numa área urbana de Salvador-Ba. MATERIAL E MÉTODOS: Em 2019, quatro pontos ao longo do rio do Cobre e um ponto no riacho vizinho localizados no bairro de Pirajá foram selecionados para confirmar a presença de Biomphalaria sp. e avaliar a contaminação fecal de coleções hídricas pelo método Coliscan Easygel®. Um estudo de corte-transversal foi conduzido na comunidade com coleta de dados e amostras. Foi realizado um inquérito sociodemográfico e coletadas até três amostras de fezes em dias diferentes para diagnóstico de Schistosoma mansoni com Kato-Katz. As amostras positivas foram purificadas e genotipadas utilizando 15 marcadores microssatélites RESULTADOS: Dos cinco pontos de coleta de água, quatro apresentaram contaminação fecal e dois, a presença de Biomphalaria sp. Participaram dos inquéritos epidemiológico e parasitológico 1.134 residentes do bairro. A média de idade foi de 33,6 anos (21,0 DP), a maioria era do sexo feminino (59%). Testaram positivos para S. mansoni 62 participantes (5,5%), com uma carga parasitária média de 88,5 opg. Estão associadas a infecção S. mansoni as variáveis sexo masculino, idade maior que 20 anos, contato com água, frequência e duração do contato e tipos de contato relacionados a recreação. Os índices de diferenciação das infrapopulações (Di) e das infrapopulações sobre a população componente (Dic) foram ambos moderados. O tamanho da população efetivo (Ne) foi de 38.197, que foi o máximo possível calcular com nossos computadores. CONCLUSÃO: O bairro de Pirajá possui as condições ideais para a persistência e disseminação da esquistossomose, com a presença do caramujo hospedeiro e a contaminação dos corpos hídricos. Além disso, representa uma área de transmissão local em Salvador-BA, precisando de uma intervenção infraestrutural e na educação pela cidadania tanto para auxiliar no controle da esquistossomose, quanto pela saúde do ambiente local, que tem grande importância histórica e cultural