Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Felicissimo, Juliane Marques
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Orientador(a): |
Pinto, Priscila de Faria
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Banca de defesa: |
Caldas, Ivo Santana
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Nascimento, Jorge Willlian Leandro
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Queiroz, Rafaella Fortini Grenfell e
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Silva Filho, Ademar Alves da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3106
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Resumo: |
Legítima representante do rol de doenças tropicais negligenciadas, a esquistossomose causada pelos trematódeos do gênero Schistosoma spp. constitui uma enfermidade endêmica em 78 países, impondo grandes desafios à saúde das populações afetadas. Atualmente, a ausência de uma vacina eficaz reforça o papel da quimioterapia como o pilar do controle da morbidade e transmissão, a qual permanece restrita e ameaçada pela eminência de cepas resistentes ao praziquantel. Nos últimos anos, esforços vêm sendo empreendidos na tentativa de descobrir novos fármacos esquistossomicidas, com notável contribuição dos produtos naturais. Neste contexto, o flavonóide Licochalcona A - marcador quimiotaxonômico da espécie Glycyrrhiza inflata – que detém atividades biológicas diversas, como anti-inflamatória, antioxidante e antiprotozoária para espécies de Leishmania spp. e Plasmodium spp., demonstrou atividade esquistossomicida promissora em um estudo preliminar, sendo considerado o objeto do presente estudo. Desta forma, a proposta foi avaliar a progressão da esquistossomose mansônica em camundongos Swiss frente ao tratamento com LicoA, além de obter mais informações acerca de sua atividade contra vermes adultos in vitro. Após um período de 24 horas de incubação, a LicoA a partir de 50µM foi capaz de causar o escurecimento do tegumento dos vermes, a perda moderada da motilidade e áreas de intumescimento corporal. Além disso, produziu pontos de retenção do corante resorufin e consequentemente, a descontinuidade na marcação dos principais túbulos e ramos do sistema excretor dos esquistossomos. Este último pode ser a origem dos demais efeitos, contribuindo para o entendimento das potenciais influências da droga sobre receptores e/ou enzimas presentes nos esquistossomos. Além disso, a suposta inibição parcial das SmATPDases pode igualmente contribuir para o insucesso do parasitismo. Nos ensaios in vivo, o esquema de 50mg/Kg em duas doses administrado por via intraperitoneal foi o mais promissor, alcançado uma mediana de 25% da redução da carga parasitária e o maior deslocamento hepático dos vermes. Por outro lado, a droga não induziu alterações no oograma qualitativo ou no peso hepático e esplênico, mostrando relativa inércia sobre a cinética de oviposição. Mais estudos devem ser conduzidos para acumular evidências sobre o efeito esquistossomicida da Licochalcona A, principalmente os que contemplem um maior número de animais e de parâmetros analisados, como por exemplo, o perfil de citocinas e quimiocinas in vivo, além de outras metodologias in vitro e o aprimoramento daquelas que foram aqui empregadas, de modo a fornecer mais detalhes sobre a influência da LicoA em alguns sistemas intrínsecos ao parasito. |