Negociando com as normas: transexualidades masculinas, reconhecimentos e agências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribeiro, Daniel de Oliveira Medeiros lattes
Orientador(a): Santos, Raphael Bispo dos lattes
Banca de defesa: Silva, Cristina Dias da lattes, Oliveira, Leandro de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8006
Resumo: A partir das histórias de vida de três homens transexuais, buscou-se contribuir para uma escuta antropológica acerca da transexualidade, entendendo esta como um fenômeno sócio-histórico complexo. Através dos relatos apresentados, procurou-se analisar diferentes formas de interação social por que passam esses sujeitos e as maneiras como as enfrentam. Para tanto, observou-se as experiências individuais de autoconstrução e de compreensão de si, assim como das normas sociais, com relação às quais se forjam tais experiências, partindo de uma noção de sujeito formado nas relações e que não pode existir fora dos quadros normativos que estabelecem os termos de seu reconhecimento e condicionam o reconhecimento intersubjetivo. Um sujeito cuja capacidade reflexiva e de ação é entendida como possível em negociação com as normas. Priorizou-se uma elaboração textual e teórica que partisse das falas dos entrevistados e, junto a elas, foram sendo elaborados os principais temas abordados nesta pesquisa: o reconhecimento de si como pessoa trans; as disputas surgidas no campo das relações familiares, amorosas e de trabalho, dentre outras; e como a transexualidade se insere num quadro maior dos estudos de gênero. Outro ponto importante, cujo debate mostrou-se fecundo a partir dos relatos analisados, foi a sugestão do “ceder” como forma de agência – tendo em vista a conceituação proposta por Saba Mahmood (2006) –, que se daria numa de uma gradação variável de acordo com cada situação social.