Funcionamento psíquico e psicossomática: um estudo das relações entre o psíquico e o somático a partir das concepções psicanalíticas de Freud e Marty

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mello, Dagmar Almeida Silva de lattes
Orientador(a): Caropreso, Fatima Siqueira lattes
Banca de defesa: Filgueiras, Maria Stella lattes, Fortes, Maria Isabel de Andrade lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6935
Resumo: A partir de investigações sobre as paralisias, a afasia e a histeria, Sigmund Freud (1856-1939) verificou a realidade dinâmica do inconsciente e criou a Psicanálise. Em Estudos sobre a histeria (1895), trabalho que Freud desenvolveu em parceria com Josef Breuer (1842-1925), foi apresentada a hipótese de que as histéricas sofreriam de reminiscências, o que deixou claro que certos sintomas físicos, como aqueles presentes na histeria, poderiam estar associados a questões de ordem psíquica, de forma que o corpo estaria sujeito também às vicissitudes da mente. A reflexão sobre as relações entre o psíquico e o corporal, portanto, esteve presente na Psicanálise desde seus primórdios. Pierre Marty (1918-1993), embasado em pressupostos freudianos, em especial na primeira tópica psíquica, desenvolveu hipóteses acerca do funcionamento mental de “pacientes somáticos” e fundou a chamada Escola Psicossomática de Paris. Buscando conferir a adequada sustentação conceitual às suas hipóteses, Marty introduziu diversas novas noções, sendo as principais “pensamento operatório”, “depressão essencial” e “mentalização”. O objetivo geral do presente estudo é analisar o desenvolvimento de algumas noções elaboradas por Marty e discutir em que medida o autor acompanhou ou avançou em relação às premissas de Freud acerca da compreensão dos processos mentais e suas interfaces com o funcionamento orgânico. Concluímos que as concepções dos dois autores ora se aproximam, ora se distanciam, e que Marty foi capaz de aprofundar a compreensão da relação entre o mental e o corporal a partir da investigação de um campo pouco explorado por Freud.