Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ghetti, Fabiana de Faria
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Orientador(a): |
Ferreira, Lincoln Eduardo Villela Vieira de Castro
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Banca de defesa: |
Barbosa, Kátia Valéria Bastos Dias
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Cesar, Dionéia Evangelista
,
Gomes, Júnia Maria Geraldo
,
Guimarães, Nathália Sernizon
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9553
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Resumo: |
Introdução: A modulação da microbiota intestinal, por meio da dieta, emerge como uma possibilidade terapêutica para melhorar a saúde. Objetivo: Caracterizar a composição da microbiota intestinal e o perfil metabólico-nutricional em pacientes com esteato-hepatite não alcoólica, bem como os efeitos da intervenção dietética nos parâmetros supracitados. Métodos: Estão apresentados em dois artigos. No artigo 1 (estudo transversal) foram avaliados dados parciais de 30 pacientes com EHNA e no artigo 2 (estudo randomizado, paralelo, aberto) 40 pacientes com EHNA foram alocados em dois grupos: DIETA (dieta individualizada com 1.651,34 ± 263,25 kcal/dia, 47% carboidratos, 28% lipídeos, 25% proteínas e 30,3 ± 4,7g/dia de fibras mais orientação nutricional) e Controle (CT- orientação nutricional). Os grupos foram avaliados no tempo basal e após 3 meses de intervenção. O estudo foi realizado no Hospital Universitário-UFJF. Realizou-se análise da histologia hepática, coleta de fezes (microbiota fecal), teste respiratório de hidrogênio e metano (supercrescimento bacteriano no intestino delagado-SBID), coleta de sangue (bioquímica hepática, perfil glicêmico e lipídico), antropometria, avaliação do percentual de gordura corporal e do consumo dietético. Resultados: Artigo 1: Associação da microbiota fecal com parâmetros clínicos e dieta na esteato-hepatite não alcoólica – A maior densidade de microrganismos fecais foi Bacteroidetes [4,77 (3,61-5,81) x 108 células g-1], que se correlacionou positivamente com aspartato aminotransferase (p=0,008) e, negativamente, com ingestão de carboidratos (p=0,021). Archaea correlacionou positivamente com colesterol total (p=0,007); Acidobacteria, positivamente, com inflamação lobular (p=0,024) e triacilglicerol (p=0,007), Verrucomicrobiales, positivamente, com IMC (p=0,007), Proteobacteria, positivamente com ingestão de polinsaturados (p=0,026). O grupo Acidobacteria foi quantificado pela primeira vez em adultos com EHNA [1,57 (1,01-1,83) x 108 células g-1]. Os resultados sugerem que a microbiota intestinal provavelmente está envolvida na modulação dos fatores de risco para EHNA. Artigo 2: Efeitos da intervenção dietética na microbiota intestinal e perfil metabólico-nutricional de pacientes com esteato-hepatite não alcoólica: 8 um ensaio clínico randomizado –A intervenção no grupo DIETA reduziu peso corporal, cintura, percentual de gordura, colesterol total, triacilgliceróis, glicemia, insulina de jejum, HOMA-IR e transaminases (p<0,05) em relação ao basal. Porém o grupo CT não apresentou modificações no perfil metabólico-nutricional (p>0,05). Não houve diferença, entre os grupos, na frequência de SBID no basal (p=0,723) e após 3 meses (p=0,327). O grupo DIETA aumentou microrganismos totais (p=0,04), enquanto o grupo CT reduziu Bacteroidetes (p=0,04) e Verrucomicrobiales (p=0,02). Os resultados sugerem que modificações exclusivamente dietéticas contribuem para promoção da saúde de pacientes com EHNA e devem constituir a base do tratamento nutricional para esta condição. |