Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Juliano Machado de
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Orientador(a): |
Ferreira, Lincoln Eduardo Villela Vieira de Castro
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Banca de defesa: |
Souza, Aécio Flávio Meirelles de
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Barbosa, Kátia Valéria Bastos Dias
,
Leite, Nathalie Carvalho
,
Moreira, Rodrigo de Oliveira
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11857
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Resumo: |
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) tem etiopatogenia multifatorial, sendo na maioria dos casos associada à síndrome metabólica (SM). A microbiota intestinal tem potencial envolvimento tanto em distúrbios metabólicos como na DHGNA. O objetivo deste estudo foi avaliar a microbiota intestinal em pacientes com DHGNA com diferentes perfis metabólicos. Foram avaliados 36 pacientes com esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) comprovada por biópsia. Os indivíduos foram divididos em dois grupos de acordo com seu perfil metabólico. Foram selecionados 16 pacientes com SM, 13 do gênero feminino, com média de idade de 49,5 anos. No grupo sem SM, foram 20 pacientes, 15 do gênero masculino, com média de idade de 47,5 anos. Foram analisadas suas características em relação à doença hepática e à microbiota intestinal. Os grupos foram semelhantes na avaliação laboratorial e histológica da doença hepática. Para avaliação da microbiota, foram realizados teste de respiratório para pesquisa de supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SBID) e análise da microbiota fecal por hibridização por fluorescência in situ (FISH). O teste respiratório foi positivo em 43,8% dos pacientes com SM e em 50% daqueles sem SM. Houve alta frequência de SBID nos dois grupos, sem diferença significativa entre eles. À análise da microbiota fecal, houve diferença significativa quanto à ordem Verrucomicrobiales. Sua concentração média foi de 0,84 x 108 células g-1 no grupo sem SM e de 1,44 x 108 células g-1 naqueles com SM (p 0,01). A quantificação de Verrucomicrobiales também se correlacionou inversamente com ferritina sérica e balonização hepatocitária, marcadores de inflamação associados à EHNA. Essa ordem de bactérias, através de seu representante na microbiota humana, Akkermansia muciniphila, está associada a proteção da mucosa intestinal e a melhor perfil metabólico. Diante desses achados, sugere-se que a menor concentração de Verrucomicrobiales esteja associada a maior atividade inflamatória em pacientes com DHGNA sem SM, na qual a etiopatogenia da doença não possui seu substrato metabólico clássico. |