Relação família-escola na perspectiva da legislação educacional inclusiva, dos familiares e gestores escolares.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mejía, Cristina Fuentes lattes
Orientador(a): Silva, Nara Liana Pereira lattes
Banca de defesa: Cia, Fabiana lattes, Polonia, Ana da Costa lattes, Micarello, Hilda Aparecida Linhares da Silva lattes, Perucchi, Juliana lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6658
Resumo: Este estudo teve como objetivo geral analisar e caracterizar a relação família-escola, sob a perspectiva da legislação educacional inclusiva da Colômbia e do Brasil, gerando um diálogo entre estes dois países; da perspectiva de famílias dos estudantes sem e com deficiência e de gestores educacionais de escolas regulares no Brasil. Trata-se de um estudo descritivo-interpretativo realizado em duas fases: uma pesquisa documental de análise da legislação educacional e uma pesquisa empírica com fontes humanas. Na primeira fase caracterizou-se a relação F-E a partir da análise de documentos acerca da inclusão educacional, construídos e gerenciados, principalmente, pelos Ministérios de Educação ou por outras entidades governamentais da Colômbia e do Brasil. Para o Brasil, foram analisados o total de 33 documentos federais ao longo do período de 1988 a 2014, enquanto para a Colômbia, trabalhou-se com o mesmo número de textos no período de 1991 a 2014. Como resultados dessa primeira fase do estudo, encontrou-se que a relação F-E não representa o núcleo central na legislação educacional inclusiva em nenhum dos dois países. Contudo, na legislação colombiana identificaram-se conteúdos mais detalhados sobre os mecanismos de participação da família na escola, em contraste com os achados na legislação brasileira. Os conteúdos aludem, de forma fragmentada, aos dois sistemas (F-E) e suas interações, o que permite asseverar que há referências implícitas e genéricas na legislação de ambos os países no que tange a esse envolvimento. Na segunda fase dessa investigação, foram participantes 25 famílias de EsD, EcD e quatro gestores educacionais de duas escolas estaduais em uma cidade do interior do estado de Minas Gerais-Brasil. Empregaram-se os seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização do Sistema Familiar, Checklist da Rotina Compartilhada e Envolvimento entre Família-Escola: versão para pais e professores e entrevistas focalizadas/semi-estruturadas para famílias e gestores. Através dos dados do Questionário, encontrou-se que todas as famílias do estudo mostram-se homogêneas no que tange ao tipo de residências, rotina diária, atividades de lazer e religião. Trata-se de famílias que moram em casas próprias, têm o tempo diário dividido entre as atividades de cuidado com os filhos e atividades laborais e apresentam uma única forma de aproximação F-E, o auxílio aos filhos para realização dos deveres de casa. Por meio do Checklist, evidenciou-se que, para as famílias, a relação F-E apresenta mais ocorrência na dimensão pais-aluno, nas áreas acadêmicas e não acadêmicas, nas atividades de Orientação, Participação, Informação e Avaliação, enquanto que o envolvimento F-E para os gestores apresenta mais ocorrência na dimensão professor-direção nas duas áreas e nos quatro tipos de atividades. Os relatos obtidos a partir das entrevistas permitiram construir um sistema categorial para o entendimento das especificidades do envolvimento F-E. Conclui-se que a interação entre F-E favorece processos de desenvolvimento humano, além de possibilitar a construção de práticas educacionais inclusivas.