O corpo em ação: processos de transe mediúnico e incorporação na umbanda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Croce, Joanna Darc de Mello lattes
Orientador(a): Camurça, Marcelo Ayres lattes
Banca de defesa: Silva, Cristina Dias da lattes, Lages, Sônia Regina Corrêa lattes, Tavares, Fátima Regina Gomes, Bahia, Joana D'Arc do Valle
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12684
Resumo: Instrumento primeiro do homem‖, o Corpo ganha, desde Marcel Mauss (1925), espaço de análise e apreensão no âmbito das Ciências Sociais. Tomado à priori como objeto de investigação, o Corpo clama não mais por escuta passiva e observação, mas por ação e participação direta nos estudos que concernem sua natureza, ou, (seria melhor dizer?), sua cultura. Em meio ao famigerado debate antropológico que ora opõe ambas as instâncias, natureza e cultura, e ora as relativiza como eternos ―opostos complementares‖, esta tese se trata verdadeiramente de uma tentativa de ―colapsar dualidades‖, confrontando e reintegrando elementos constitutivos deste ente que chamamos de ―Corpo‖. Para tal, utilizei como pano de fundo desta pesquisa a relação aparentemente ambígua entre corpos inatos que ao mesmo tempo, porém, se constroem, num intrigante processo contínuo de devir, manifesto de forma última na chamada Incorporação Mediúnica, fenômeno comumente observado dentro dos terreiros de Umbanda, religião esta eleita por mim como campo (fértil) para investigação etnográfica. Através de um ―desenvolvimento mediúnico‖, processo por onde este corpo é paulatinamente construído e hierarquizado, busquei analisar de que forma ocorria tal construção, mostrando enfim que mais importante do que tentar provar a legitimidade ou não do fenômeno, era tentar entender como ocorria. A pluralidade de ―corpos incorporantes‖ expostos ao longo deste trabalho fala diretamente ao leitor: tudo começa e acaba no corpo, ele é o meio perfeito através do qual as inúmeras e mais diversas histórias podem ser contadas e recontadas de forma íntegra e efetiva