Fenômenos mediúnicos no Santo Daime: um estudo sobre o transe de incorporação na igreja daimista de Mãe Baixinha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Graciellen de Moura lattes
Orientador(a): Silveira, Emerson José Sena da lattes
Banca de defesa: Portella, Rodrigo lattes, Moraes Junior, Manoel Ribeiro de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6045
Resumo: O Santo Daime é considerado uma religião brasileira, de caráter espiritualista e cristão, que incorporou elementos de várias formas de religiosidade como o xamanismo indígena, catolicismo popular, kardecismo, umbanda e também ideias advindas da religiosidade oriental e do esoterismo europeu. As crenças espiritualistas como a existência de uma dimensão espiritual da realidade, reencarnacionismo e evolução espiritual se fazem marcantes na cosmologia e na liturgia daimista abrindo espaço para aceitação de manifestações mediúnicas no âmbito dos rituais. Dentre os inúmeros fenômenos mediúnicos que podem ocorrer nos contextos cerimoniais, ressalto a incorporação de espíritos. Para melhor compreender esse fenômeno, realizei uma pesquisa de campo, a partir de observação participante, diário de campo e entrevistas semiestruturadas com médiuns da igreja daimista Flor da Montanha, localizada na cidade de Lumiar, distrito de Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro. Essa igreja é reconhecida entre os daimistas como uma referência em termos de fenômenos mediúnicos de incorporação, já que a sua fundadora, a mãe de santo Baixinha, foi uma das responsáveis por introduzir elementos umbandistas na religião do santo Daime. A partir da analise das informações obtidas no trabalho de campo, defendo que o grupo estudado articula uma plasticidade de simbolismos com a cosmologia e ritualística próprias do Santo Daime tornando as manifestações de incorporação que ocorrem nos rituais um fenômeno sui generis.