La Québécoite, de Régine Robin: experimentação, escritas de si e memória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Martins, Frederick Gonçalves lattes
Orientador(a): Almeida, Márcia de lattes
Banca de defesa: Carrizo, Silvina lattes, Campos, Laura Barbosa, Anjos, Yuri Cerqueira dos, Resende, Maria Ângela de A.
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8233
Resumo: A escritora migrante Régine Robin criou, ao longo de sua trajetória intelectual, novas formas de fazer e pensar a representação de si. Suas narrativas decorrem de um esforço de construir um discurso coerente de memória, mas que resulta na fragmentação do sujeito narrativo e na descontinuidade do eixo tempo-espaço, no qual se localiza a história narrada. O fio condutor desta dissertação é o processo de construção da memória e da identidade, sejam elas individuais ou coletivas, em que as experiências são continuamente metaforizadas, desconstruindo a ilusão da autenticidade do “eu” enunciador. Pretendemos mostrar como as formas de textualização da memória, a qual transita entre o relato confessional e a invenção ficcional, entre a autobiografia e a ficção, ao mesmo tempo que tornam difícil uma categorização dentro do repertório teórico das escritas de si, oferecem possibilidades para pensar essas relações na pauta das agendas contemporâneas da escrita migrante. Trata-se de ressignificar as marcas da vida da autora, para entendermos como ela constitui, em La Québécoite, principal objeto de estudo deste trabalho, um texto híbrido, na fronteira entre os gêneros das escritas de si e da ficção. Nesse sentido, veremos que a escritora estabelece uma busca por uma identidade que, a partir de um processo de experimentação literária do material narrativo, se dissolve no ar e resulta na criação de uma identidade de travessia que, longe de um desejo de criar raízes, quer atravessar a linguagem, provocá-la e desenvolver uma escrita migrante.