Comércio, feiras e um lugar de obsolescência em Juiz de Fora-MG: a feira informal da Avenida Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Brugger, Aline Pandeló lattes
Orientador(a): Ambrozio, Júlio César Gabrich lattes
Banca de defesa: Deus, Jose Antonio Souza de lattes, Menezes, Maria Lucia Pires lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/741
Resumo: O presente trabalho busca realizar uma análise socioespacial do surgimento de um comércio popular que se instalou na Avenida Brasil paralelamente à feira livre. Durante as manhãs de domingo, na cidade de Juiz de Fora – MG, uma parte da Avenida Brasil é ocupada por vendedores de rua, consumidores e tráfego de veículos concomitamente; uma vez que a feira informal não é regulamentada pelos órgãos púbicos, a rua não é interditada para a ocorrência do evento no local. As mercadorias expostas para a comercialização, em sua maioria, são usadas. Boa parte do material exposto provém dos catadores de lixo. Dessa forma, observa-se a presença do circuito inferior da economia, tratado por Milton Santos em sua obra O espaço dividido (2008), quando discorre que o espaço geográfico é dividido em dois subsistemas: o superior e o inferior. Basicamente, as atividades do circuito inferior são compostas pelo comércio de pequena proporção, serviços não modernos direcionados ao varejo e, sobretudo, pelo consumo dos mais pobres; e o circuito superior tem como características o capital intensivo, o mercado global e a publicidade. Ambos são dependentes, mas o superior está atrelado à aceleração global, e o inferior está adaptado pelo tempo e forma e função do lugar. No que tange ao conceito de lugar, há importância de se analisar a feira informal sob essa apreciação, com ênfase na obra de Yfu-Tuan, para que se possa ter uma dimensão das relações sociais que ali se constroem. Segundo o autor, é no lugar que se entra em contato com o outro, com as emoções humanas que são construídas a partir do poder dos símbolos.