Efeito da realidade virtual na funcionalidade de crianças e adolescentes com paralisia cerebra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Valenzuela, Elisa de Jesus lattes
Orientador(a): Chagas, Paula Silva de Carvalho lattes
Banca de defesa: Mármora, Claudia Helena Cerqueira lattes, Ayupe, Kennea Martins Almeida lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
-
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11202
Resumo: O videogame como meio terapêutico para jovens com paralisia cerebral foi o objeto de estudo de uma dissertação realizada no Mestrado em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico Funcional, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Elisa de Jesus Valenzuela utilizou o “Nintendo Wii” como prática de intervenção intensiva em quatro adolescentes na faixa-etária entre 15 e 18 anos. Com o auxílio da tecnologia, ela analisou os resultados na marcha, no equilíbrio, na resistência muscular e na mobilidade do grupo. As análises levaram em consideração os contextos de antes, durante e depois do tratamento com o uso do game, por duas semanas consecutivas (de segunda a sábado) e com duração de 90 minutos de intervenção por dia. Os pacientes que participaram do estudo andam sem dispositivos auxiliares, considerados funcionalmente leves de acordo com o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS nível II). A pesquisadora revela que três dos quatro participantes apresentaram melhoras em todos os itens avaliados após o protocolo. Segundo Elisa, a intervenção com videogames tem sido muito utilizada como protocolo em diferentes condições de saúde. Ela ressalta que o estudo é importante devido às poucas iniciativas que avaliam os efeitos destes mecanismos em jovens nestas condições de saúde, aplicando-os de forma intensiva. “Os adolescentes com paralisia cerebral estão há anos realizando intervenções fisioterapêuticas convencionais e, muitas das vezes, essa população abandona o tratamento indo em busca de outras atividades por estarem saturadas do mesmo tipo de abordagem, ou recebem alta do serviço de fisioterapia e tornam-se sedentários. Assim, é muito gratificante poder avaliar no meio acadêmico se um novo tipo de recurso traz realmente benefícios na funcionalidade desses adolescentes, de maneira prazerosa e satisfatória”. A professora orientadora, Paula Silva de Carvalho Chagas, reafirma o sucesso do trabalho e salienta que o estudo é relevante para o meio acadêmico e para a sociedade: “os resultados foram significativos em diferentes domínios da funcionalidade de forma individualizada, de acordo com as características de cada participante, sendo assim, o uso do videogame se mostrou uma alternativa terapêutica de forma lúdica, que permite a reabilitação motora e viável para se obter ganhos na funcionalidade nos adolescentes com paralisia cerebral”. A orientadora também destaca a apresentação de parte dos resultados da dissertação na “Combined 73rd AACPDM Annual and 2nd IAACD Triannual Meetingem” em Anaheim, Califórnia nos EUA, entre os dias 18 e 21 de setembro de 2019. Segundo ela, a oportunidade de ser financiada por um evento internacional dessa magnitude em épocas de tantos cortes na ciência, renova as forças de jovens pesquisadores.