Movimentos de fêmeas e filhotes de baleia-jubarte, Megaptera novaeangliae (Borowski, 1781), na área reprodutiva da costa brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mamede, Natália dos Santos lattes
Orientador(a): Andriolo, Artur lattes
Banca de defesa: Oliveira, Eduardo Nakano Cardim de lattes, Alves, Roberto da Gama lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3037
Resumo: O movimento dos animais é motivado pela necessidade de executar atividades em certos tipos de habitat em um tempo específico. As baleias-jubarte migram de áreas de alimentação, no verão, para áreas reprodutivas, no inverno. Sua distribuição é bem conhecida na costa brasileira, mas, a extensão de sua área de cria ainda não é clara. Compreender as relações entre fatores físicos ambientais, definindo o nicho de reprodução, e o cuidado parental é importante para efetivar planejamentos de Áreas Marinhas Protegidas destinadas a englobar habitats críticos. A partir da telemetria satelital, 41 fêmeas acompanhadas por filhote foram marcadas com transmissores (ARGOS), com o objetivo de caracterizar os movimentos de fêmeas e filhotes na costa brasileira e correlacionálos a variáveis ambientais. A distância em média percorrida foi de 1.005 km (±29,97) com a distância mínima 56 e máxima 4.050 km. Os pares fêmea - filhote se concentraram em distâncias a costa menores que 150 km e usaram em sua maioria profundidades menores que 100m. As freqüências mais elevadas de localizações foram associadas aos maiores buffers ao redor dos recifes de coral. A área de cria de baleias-jubarte no Atlântico Sul Ocidental está relacionada a águas rasas e costeiras, sendo mais ampla do que a distribuição de recifes de coral. As escolhas de uso de habitat das fêmeas em áreas reprodutivas é um balanço do gasto energético entre a movimentação e cuidado maternal. A disponibilidade de características ambientais favoráveis ao cuidado parental dificilmente é avaliada, podendo resultar em interpretações parciais dos fenômenos de distribuição e uso do espaço em cetáceos.