Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Portal, Caroline Santos
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Orientador(a): |
Zerbini, Alexandre Novaes
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Banca de defesa: |
Wedekin, Leonardo Liberali
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Bedriñana-Romano, Luis
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17002
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Resumo: |
O crescente uso humano no ambiente marinho nas últimas décadas, enfatiza a necessidade de investigar as pressões antrópicas para melhorar a conservação da megafauna marinha. As colisões com navios tornaram-se uma das maiores ameaças para os cetáceos e uma importante fonte de mortalidade para as grandes baleias atualmente. Esforços para entender os efeitos dessa problemática têm se concentrado principalmente nas espécies do Hemisfério Norte. No Atlântico Sul, o impacto potencial do tráfego marítimo permanece ainda pouco conhecido. Aqui usamos o monitoramento por satélite de 30 baleias-jubarte (Megaptera novaeangliae) e dados AIS de tráfego marítimo para estimar o risco de colisão na costa central do Brasil, entre 2016 e 2019. Um modelo de espaço-estado foi usado para contabilizar o erro de observação e para regularizar os dados de telemetria. O tempo de residência e a proporção de tempo gasto na superfície pelas baleias (ou seja, a camada acima de 10 m da coluna d’água) combinado com a densidade de embarcações de cada frota, foram usados como proxies para estimar a probabilidade relativa de embarcações encontrarem baleias disponíveis para uma colisão em uma grade de células de ~8x8 km. Também identificamos áreas onde encontros potenciais provavelmente infligiriam ferimentos letais em baleias-jubarte com base no comprimento e velocidade da embarcação. A frota de carga foi a mais densamente distribuída e, juntamente com a frota de petroleiros, representa uma grande preocupação para as baleias-jubarte no Brasil. Um maior risco de colisão foi registrado ao longo da plataforma continental, no Banco dos Abrolhos – principal área reprodutiva dessa população – e no litoral dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, área de intenso tráfego marítimo com portos movimentados. Ao incorporar informações abrangentes sobre baleias-jubarte e tráfego de embarcações, este estudo destaca a importância de avaliações de risco espacialmente explícitas para a conservação das baleias-jubarte no Brasil. |