Representatividade das áreas prioritárias e protegidas nas zonas costeira e marinha brasileiras considerando os movimentos das baleias-jubarte, Megaptera novaeangliae (Borowski, 1781)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Castro, Franciele Rezende de lattes
Orientador(a): Andriolo, Artur lattes
Banca de defesa: Schiavon, Daniel Danilewicz lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1599
Resumo: O estabelecimento de um sistema representativo de Áreas Protegidas é parte das estratégias de conservação das baleias-jubarte (Megaptera novaeangliae Borowski, 1781). Este estudo teve como objetivo avaliar a representatividade das Áreas Prioritárias para a Conservação (APCs) e das Unidades de Conservação (UCs) considerando os movimentos desta espécie na costa brasileira. O uso destas Àreas por baleias-jubarte foi medido pela freqüência da ocorrência de posições registradas no interior das APCs e UCs. Dados de localização por telemetria satelital foram filtrados e modelados pelo Modelo de Estado e Espaço (State-Space Model) e sobrepostos aos polígonos representantes de cada APC e UC (banco de dados Ministério do Meio Ambiente - MMA e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis – IBAMA). As análises foram realizadas com o software R 2.11.1 e ArcGIS 9.3. De um total de 131 APCs registradas na, atualmente, conhecida área de distribuição da espécie na costa brasileira 53 Áreas Prioritárias para a Conservação foram usadas por baleias-jubarte. As frequências foram maiores dentro do que fora de APCs (p<0,001). E de 73 UCs registradas dentro da mesma área, 13 Unidades de Conservação foram usadas pela espécie e as freqüências foram menores dentro do que fora de UCs (p <0,001). Concluímos que as novas APCs identificadas, Áreas ainda não protegidas, são representativas considerando o movimento das baleias-jubarte. Já as Unidades de Conservação considerando a reduzida freqüência de ocorrência de baleias nestas Áreas já manejadas apresentam baixa representatividade. Estudos de telemetria por satélite mostram-se úteis para avaliar a representatividade das Áreas Prioritárias e Protegidas na conservação indireta de baleias-jubarte, contribuindo para estratégias de gestão da espécie em águas brasileiras.