Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ponte, William Rezende Alves
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Orientador(a): |
Condé, Eduardo Antonio Salomão
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Banca de defesa: |
Andrada, Leonardo Silva
,
Delgado, Ignácio José Godinho,
Rodrigues, Wallace Faustino da Rocha |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8234
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Resumo: |
A hipótese central é que por detrás dos problemas econômicos e de gestão do esporte, existem questões essencialmente políticas que condicionam as ações dos diversos atores envolvidos e possuem uma relação direta com a “gramática e os mecanismos de poder” tradicionalmente aplicados no esporte nacional. Desta forma, reflete-se uma maneira de enxergar e operar o esporte que aparentemente não parece se sustentar economicamente por muito tempo e é extremamente prejudicial à manutenção em bom nível da atividade esportiva. Em larga medida e parte do mesmo arranjo sistêmico, a aliança entre o capital, por meio dos diversos patrocinadores e principalmente pelas plataformas de distribuição e transmissão dos conteúdos esportivos com a elite política do esporte no Brasil – EPEB, vulgo Cartolagem, constituem o comando predatório das atividades esportivas profissionais no País, que se sustenta no atraso e na falência generalizada. Este arranjo é essencialmente forjado na prática clientelista apoiada em um mecanismo cartorial cujo principal ator vem sendo a EPEB e seus membros, de modo geral e em específico no caso do futebol analisado aqui. Esta elite política se perpetua em grande medida a partir da falência econômica e do atraso gerencial dos Clubes Brasileiros de Futebol- (CBdeF). Trata-se de presidentes e diretores de clubes, presidentes e diretores das federações estaduais, corpo dirigente da CBF e em casos recorrentes, membros da política convencional que transitam nos dois campos políticos, e empresários do setor. Para investigação da matéria utiliza-se de uma historicização do objeto e contextualização contemporânea, sem ignorar o passado relevante e que condiciona em alguma medida a trajetória até aqui, sendo o período mais relevante o dos anos 1990 até o presente. Considera-se fundamental o método neo institucionalista, o cenário atual do futebol nacional e seus principais atores, a estrutura de poder dirigente, os mecanismos que permitem a operação e perpetuação de tal poder, tal qual ele se configura, principalmente pela gramática clientelista contemporânea em rede, através de um evidente “estado cartorial do esporte”, apoiado essencialmente no arranjo federativo do desporto nacional, precisamente, as federações estaduais de futebol, configuração única quando comparado a qualquer outro país. |