Mídia, futebol e sociedade: controvérsias públicas midiatizadas em torno da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo FIFA 2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andrade, André Gil Ribeiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9280
Resumo: Esta tese enfoca o campo de debates ocorrido, na mídia brasileira, sobre a realização da Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil, identificando os temas em debate, as categorias acionadas e as relações entre esta agência transnacional e os agentes nacionais de diversas ordens. Nesta análise, utilizo a idéia de negociação antecipada de possíveis conflitos, que subjaz inscrita no conceito ideologia da harmonia (Nader, 1996), procuro entender motivações, justificações e interesses envolvidos na relação assimétrica que se estabelece entre o país-sede, seus agentes públicos e privados e uma entidade como a FIFA, híbrida entre uma empresa multinacional e de um Estado transnacional, que, a partir do seu status monopolista de organizadora mundial do futebol, passa a agir como um agente de influência político-econômica mundial. Fazendo uma abordagem através da mídia impressa foi possível inferir que se trata de um grande sistema de dádivas, dotado, porém, de um hibridismo, já que a FIFA exige ao país-sede estruturas esportivas, turísticas e comerciais extremamente custosas, às expensas do país organizador. Essas grandes inversões econômicas são trabalhadas sob a representação de que se trata de um legado que ficará para o país, além da própria felicidade derivada da realização de um megaevento relativo ao futebol, o esporte, por larga margem, mais popular do Brasil. Dentro deste registro, as diversas instâncias e agentes brasileiros se colocam em um processo de idas e vindas, de interesses e justificativas, visando dividir e auferir um pouco dos capitais simbólicos que possam derivar de um processo tão extenso, invasivo e caro.