Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Quaresma, Maria Inácio Peixoto
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Orientador(a): |
Pereira, Edimilson de Almeida
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Banca de defesa: |
Ferreira, Marcus Vinicius
,
Scher, Maria Luiza
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/939
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Resumo: |
A desmistificação do passado português presente em As Naus, romance de António Lobo Antunes, a procura da identidade portuguesa pós-moderna e as consequências da descolonização africana para os retornados da guerra na sua difícil readaptação a Portugal. O autor recria, através de um jogo parodístico, o conceito de ser português. Como viveu em Angola durante o processo revolucionário de independência do país, transcreveu para sua obra os horrores de que foi testemunha. São desnudadas não somente a realidade da descolonização portuguesa na África, mas também a eclosão da luta contra a ocupação colonial e suas consequências para os portugueses e seus descendentes angolanos, que são obrigados a retornar a Portugal. Uma coletânea de registros desses retornados, sendo que muitos deles possuem, na narrativa, nomes de figuras ilustres de Portugal e do mundo. Esses personagens, porém, apesar de carregarem a identidade das personalidades históricas, são pessoas simples, quase sempre marginalizadas, que não conseguem prosperar em meio a nova sociedade portuguesa. Sobretudo através da paródia, o autor consegue fazer a aproximação de dois momentos completamente distintos da história portuguesa: o século XV, gloriosamente marcado pelas conquistas marítimas, e o século XX, período da descolonização. A problemática do romance pós-moderno revela-se justamente na construção de uma narrativa fragmentada, na presentificação do passado e sua consequente mistura de planos temporais, na multiplicidade de vozes, nos experimentalismos de linguagem, dentre outros. |