Influência da religiosidade e espiritualidade na saúde mental e qualidade de vida em mulheres gestantes em fase inicial da gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Piccinini, Clarissa Rocha Panconi lattes
Orientador(a): Lucchetti, Giancarlo lattes
Banca de defesa: Ezequiel, Oscarina da Silva lattes, Tavares, Rubens Lene Carvalho lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10666
Resumo: Introdução: As mulheres têm usado oração e práticas espirituais para auxiliar nos problemas de saúde há milhares de anos. Apesar disso, os estudos que tenham abordado a religiosidade e espiritualidade das gestantes ainda são escassos. Objetivos: Avaliar como as crenças religiosas e espirituais podem influenciar na sintomatologia ansiosa, estresse e depressiva e na qualidade de vida de mulheres brasileiras em fase inicial da gestação. Métodos: Estudo transversal, prospectivo, realizado em gestantes brasileiras no período de novembro de 2016 a novembro de 2018. Foram avaliados dados sociodemográficos, dados obstétricos, suporte social, religiosidade/espiritualidade (Duke Religion Index, Daily Spiritual Experiences, Brief RCOPE), saúde mental (DASS-21) e qualidade de vida (WHOQOL-Bref). Para análise, foram utilizados modelos de regressão linear hierárquicos. Resultados: Foram incluídas 160 gestantes, com média de idade de 26 (SD: 5.71) anos e idade gestacional de 10.5 (SD: 3.27) semanas. A média de religiosidade e espiritualidade das gestantes foi alta e a utilização do coping positivo foi maior que o coping negativo. O coping religioso/espiritual negativo esteve associado a maiores níveis de estresse e sintomas depressivos e ansiosos (Betas entre 0.207 e 0.321) e pior qualidade de vida física (Beta -0.235). Por outro lado, a qualidade de vida psicológica esteve associada a uma série de dimensões como religiosidade intrínseca, coping positivo e negativo, e espiritualidade (Betas variando de 0.186 a 0.318). Finalmente, a qualidade de vida social esteve apenas associada a espiritualidade (Beta=0.169). Conclusão: O coping negativo, mas não o coping positivo, esteve associado a pior saúde mental e qualidade de vida física nas gestantes do primeiro trimestre de gestação. Outras medidas de religiosidade e espiritualidade estiveram associadas à qualidade de vida psicológica e social. Profissionais de saúde, obstetras e enfermeiras que lidam com gestantes devem estar atentos ao uso de estratégias de coping negativas em suas pacientes.