Mídia e representação de gênero da política: Uma análise da construção da persona de Dilma Rousseff pela Folha de S.Paulo entre 2014 e 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Gabriela Calazans lattes
Orientador(a): Leal , Paulo Roberto Figueira lattes
Banca de defesa: Oliveira, Luiz Ademir de lattes, Umbelino, Tâmara Lis Reis
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00336
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14719
Resumo: A dissertação tem o objetivo de, por meio da metodologia de análise de conteúdo, verificar de que forma a Folha de S.Paulo construiu suas narrativas sobre a ex-presidenta Dilma Rousseff em distintos períodos, que compreendem as semanas seguintes às eleições de 2014, o impeachment em 2016, a campanha para o Senado de Minas Gerais em 2018 e os primeiros sete dias de 2019. A análise busca identificar se, na cobertura, houve rastros discursivos com valorações relativas à temática de gênero. Tendo em vista a centralidade da mídia para a política, a presente pesquisa faz um estudo sobre o tensionamento de forças entre os dois campos, recuperando de que forma a comunicação se estruturou na modernidade, dando corpo a essa arena de disputa no cenário político. Observando a ascensão do número de plataformas utilizadas para aumentar a visibilidade de atores políticos, a dissertação retoma o debate sobre uma sociedade midiatizada. Acompanhado do cenário comunicacional, o trabalho faz o esforço de compreender como se dá a representação de gênero na política. Para tanto, utiliza de estudos feministas para compreender de que forma a estrutura patriarcal se mantém até a atualidade e suas implicações na vida de mulheres que entram na política – e o caso de Dilma é paradigmático para a discussão. Entre os principais achados da pesquisa, aponta-se que a Folha de S.Paulo optou por enquadramentos distintos que possuem variação de acordo com o momento. Se, em 2014, a ex-presidenta foi tratada como inabilitada para atividade política, em 2016, após o impeachment, o delineamento predominante foi o de coadjuvante, caminhando para um possível apagamento.