Estresse, ansiedade, depressão e qualidade de vida ao longo da graduação médica: estudo longitudinal
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00144 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15882 |
Resumo: | Introdução: Apesar dos muitos estudos sobre a saúde mental e qualidade de vida do estudante de medicina, ainda são carentes acompanhamentos à longo prazo. Objetivos: O presente estudo possui dois objetivos, sendo, um deles, investigar os fatores associados e as mudanças na qualidade de vida e na saúde mental de quatro turmas de estudantes de medicina seguidos por três anos e, o outro, avaliar os fatores associados e as mudanças na qualidade de vida e na saúde mental de uma mesma turma de estudantes de medicina seguida pelos seis anos da graduação. Métodos: Trata-se de estudo observacional, tipo coorte prospectivo. Para o primeiro objetivo, quatro turmas foram acompanhadas durante os três primeiros anos do curso de medicina. Enquanto para o segundo, uma turma foi seguida ao longo dos seis anos da graduação. Foram avaliados dados sociodemográficos, saúde mental pela escala DASS-21 e qualidade de vida pelo WHOQOL-BREF. Para análise do seguimento de três anos, foram utilizados modelos de regressão linea, e, para a análise da coorte de seguimento de seis anos, foram usados modelos mistos lineares generalizados para avaliar as mudanças da saúde mental e qualidade de vida ao longo do tempo. Resultados: Em relação ao seguimento de três anos, 304 (91.8%) estudantes responderam à coleta no baseline e 201 (66.1%) responderam ambas as ondas da coleta após três anos de acompanhamento. Observou-se um aumento na sintomatologia depressiva (p<0.001), ansiedade (p=0.037) e estresse (p<0.001), enquanto houve uma diminuição na qualidade de vida física (p<0.001), psicológica (p<0.001) e social (p=0.003). Pior saúde mental no baseline e sexo feminino estiveram associados a pior saúde mental após três anos, enquanto maior renda no baseline esteve associada a melhor qualidade de vida após três anos. Para o seguimento de seis anos, foram incluídos 80 estudantes, sendo 63.7% do sexo feminino e com média de idade de 19.6 anos. Os níveis de saúde mental, felicidade e qualidade de vida tenderam a serem melhores no primeiro semestre e no último semestre, enquanto foram piores no meio do curso. Entretanto, a satisfação em se tornar médico teve uma queda no segundo semestre e permaneceu baixa por toda a graduação, não chegando mais aos níveis basais. Conclusões: Considerando a relevância dos resultados faz-se necessário que educadores e gestores estejam atentos a esses fatores, buscando a promoção, prevenção e abordagem dos estudantes, cuidando continuamente de sua saúde mental e qualidade de vida, visando minimizar o sofrimento durante sua formação na escola médica. |