Comparação dos níveis de depressão, ansiedade e estresse entre estudantes de medicina, residentes e médicos em início de carreira
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00144 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13153 |
Resumo: | O comprometimento da saúde mental é um motivo persistente de preocupação para gestores de saúde e educadores médicos, ocorrendo em todos os estágios da educação médica e da carreira. No entanto, apenas alguns estudos comparam a saúde mental de grupos em diferentes estágios do treinamento médico. Este estudo teve como objetivo comparar os sintomas de ansiedade, depressão e estresse e seus fatores associados entre estudantes de medicina, médicos residentes e médicos. Trata-se de um estudo transversal realizado por meio de coleta presencial e online de dados com participantes em diferentes estágios da formação médica e de médicos já formados de uma mesma faculdade de medicina no Brasil. A coleta de dados incluiu dados sociodemográficos, religiosidade (Duke University Religion Index) e dados de saúde mental (21-item Depression, Anxiety and Stress Scale - DASS 21). A comparação entre os grupos foi realizada por meio de ANOVA, e os fatores associados foram avaliados por meio de modelos de regressão linear. A amostra consistiu em 1417 participantes: 778 estudantes de medicina, 190 médicos residentes e 468 médicos formados. Estudantes de medicina apresentaram escores significativamente mais altos de depressão, ansiedade e estresse em comparação com residentes de medicina e médicos formados. No entanto, em relação aos escores DASS 21, não foram encontradas diferenças significativas entre médicos estabelecidos e residentes de medicina. Os fatores associados à saúde mental nos diferentes grupos mostraram que ser casado e do sexo masculino estiveram associados a uma melhor saúde mental entre médicos e residentes de medicina, enquanto os fatores sexo masculino, estar em anos posteriores do curso e menor frequência religiosa estiveram associados a melhor saúde mental nos alunos. Este estudo investigou o estágio em que os indivíduos estão mais vulneráveis na formação e na carreira médica, constatando que estudantes de medicina apresentam piores resultados de saúde mental quando comparados a outros grupos. Fatores como sexo, estado civil, anos de estudo e prática religiosa foram associados à saúde mental. Mais pesquisas são necessárias para compreender essas diferenças nos resultados de saúde mental dos três grupos e propor intervenções para minimizar o sofrimento durante a educação médica e carreira. |