Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Nolasco, Camille Lanzarotti
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Orientador(a): |
Pinto, Vicente Paulo dos Santos
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Banca de defesa: |
Barros, Regina Cohen
,
Salimena, Fátima Regina Gonçalves
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4685
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Resumo: |
A Agricultura Urbana (AU) tem sido objeto de estudos recentes, devido à sua grande importância junto às ciências sociais e políticas e sua localização dentro dos limites das cidades contemporâneas. Suas implicações na Ecologia Urbana vão desde a manutenção de áreas verdes e interação com a fauna, até a perpetuação de saberes tradicionais da população, passando por questões como a segurança alimentar de seus habitantes, a utilização dos recursos naturais, e a sustentabilidade urbana. Entender como a Agricultura Urbana está inserida na Ecologia Urbana permite criar propostas integradas a outras questões de cunho ecológico que venham a direcionar a cidade para um futuro sustentável. O presente estudo teve como objetivo central compreender a dimensão ecológica da agricultura urbana, nas áreas intra e periurbanas, do Distrito Sede do município de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais, Brasil, analisando como a prática da agricultura urbana dialoga com a ecologia desta cidade. Através das indicações de informantes foram encontradas 179 áreas de ocorrência de AU em Juiz de Fora, separadas em setores específicos na execução desta pesquisa: Projetos Sociais Municipais, Escolas (municipais, estaduais, federais e particulares), Instituições (públicas, religiosas, assistenciais e unidades básicas de saúde), Áreas de Produção Comercial, e Quintais Produtivos (no bairro Monte Castelo). Entrevistas semi-estruturadas e visitas foram realizadas em um total de 77 áreas. A partir do resultado obtido empiricamente, foi possível categorizar os agricultores urbanos de Juiz de Fora (migrantes rurais, idosos, professores, alunos, beneficiários de projetos e agricultores comerciais) que associaram a atividade agrícola a uma melhoria na qualidade de vida, apresentando orgulho de suas produções, felicidade e apreciação da beleza cênica. Constatou-se que as interações ecológicas se dão de várias formas, sendo encontrados pontos positivos como o menor deslocamento entre a produção e o consumidor final, a manutenção e criação de áreas verdes e com solo permeável, a pouca utilização de agrotóxicos, o fornecimento de alimento e habitat para indivíduos da fauna, a diversidade de espécimes vegetais, o aproveitamento de resíduos orgânicos através de compostagem (pouca ainda), a aproximação das pessoas com o verde e a utilização da AU como ferramenta de educação ambiental, alimentar e cidadã. Dentre os pontos negativos levantados estão: a utilização de águas contaminadas, a utilização de alguns agrotóxicos e de adubação química, e o pouco aproveitamento dos resíduos orgânicos. Sendo que a maioria dos problemas relacionados com a má utilização dos recursos naturais pelos agricultores urbanos se deve a falta de instrução, treinamento e acompanhamento. A pesquisa constatou que as áreas agrícolas urbanas em Juiz de Fora constituem locais de grande importância para os envolvidos, para a conservação dos recursos naturais e biodiversidade, para a manutenção de saberes tradicionais e são fundamentais na busca por uma sustentabilidade desta cidade. |