“O Uno que é Múltiplo”: a circularidade entre a filosofia de Sri Aurobindo e os Upaniṣads

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ribeiro, Daniel Faria lattes
Orientador(a): Loundo, Dilip lattes
Banca de defesa: Gohn, Carlos lattes, Turci, Rubens lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00134
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14244
Resumo: O objetivo principal da dissertação é analisar aspectos teoréticos do projeto filosóficosoteriológico de Sri Aurobindo (1872-1950), com base em sua abordagem interpretativa à textualidade fundante dos Upaniṣads. Evidencia-se a própria inserção argumentativa de Aurobindo na tradição do Vedānta, pensada enquanto continuidade de sentido e pedagógica daqueles textos. Abordaremos sua revisitação dialógica a esse amplo horizonte argumentativo por meio de seu encadeamento reflexivo com outros contextos “linguísticos” e de compreensão, pertinente à sua própria contemporaneidade, e sintetizado pelos conceitos correlativos do Uno e do Múltiplo. O presente trabalho pretende assinalar, no entanto, que a maneira como o pensador indiano aplica essa mesma conceituação polar, e sua confluência de significados, demonstra-se essencialmente delimitada pelo nexo de questões e formulações atinentes à tradição filosófica indiana, e evocadas heuristicamente, no presente contexto, pela categoria vedantina bhedābheda (“diferença e não-diferença”). Assim, o projeto e práxis filosóficas de Sri Aurobindo teriam, como preocupação fundamental, a mesma questão que, segundo ele, tem se consubstanciado no horizonte compreensivo de toda a tradição do Vedānta: como viver plenamente o movimento da existência à luz da concepção de pura Existencialidade dos Upaniṣads?