As práticas de linguagem em sala de aula de língua portuguesa e o desafio de conviver para aprender

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Lucilene Maria de lattes
Orientador(a): Miranda, Neusa Salim lattes
Banca de defesa: Bronzato, Lucilene Hotz lattes, Coelho, Maria do Socorro Vieira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras)
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5769
Resumo: O presente estudo, desenvolvido na esfera do Mestrado Profissional em Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora – PROFLETRAS, vincula-se à segunda etapa do macroprojeto “Ensino de língua Portuguesa - da formação docente à sala de aula” (MIRANDA, 2014) e se define como um Estudo de Caso e como uma pesquisa-ação (MORIN, 2004). O cenário investigativo é uma sala de aula de Língua Portuguesa de uma escola pública da cidade de Juiz de Fora/MG, e os sujeitos, 26 alunos do 9º ano. Esta sala de aula, marcada pela apatia, desinteresse, indisciplina e microviolências não vinha se configurando como um ambiente de boa convivência e, portanto, desfavorável ao processo de ensino-aprendizagem. O projeto constitui-se de duas etapas – uma diagnóstica e outra interventiva. Para a etapa diagnóstica, foram eleitos dois instrumentos investigativos voltados para os alunos - um questionário socioeconômico e cultural e a escrita de um Relato de Experiências. Para as análises do discurso discente, tomou-se como base a Semântica de Frames (FILLMORE, 1982) e seu Projeto lexicográfico Framenet (www.framenet.icsi.berkeley.edu). Os resultados desta análise semântica serviram de indicadores para um exercício interpretativo interdisciplinar das questões educacionais em foco. As ações interventivas tiveram como meta a ressignificação do ambiente da sala de aula, de modo a torná-lo um espaço para o efetivo exercício da linguagem. Tal etapa estruturou-se em dois projetos: 1. “Educando a oralidade e promovendo um Pacto Social” e 2. Refletindo sobre o futuro e escrevendo um Projeto de vida”. Os pilares que sustentam este projeto recaem na construção de um Ambiente Escolar para a convivência (TOGNETTA e VINHA, 2007, 2009, 2013; GARCIA, 2006, 2009, 2013; ARAÚJO, 1994, 1999; LA TAILLE, 1994, 2006, 2009; CHARLOT, 2002; DEBARBIEUX, 2006), ancorado na ação Protagonista dos discentes (COSTA, 2004; COSTA e VIEIRA, 2006), na recuperação da Autoridade docente por vias da Autoria (MIRANDA, 2005; AQUINO, 1998, 2014; GARCIA, 2010; ARAÚJO, 1999; GUZZONI, 1995), no equacionamento de Educação linguística e cidadã (MIRANDA, 2005; DOLZ e SCHNEUWLY, 2004; TOGNETTA e VINHA, 2007, 2009; ARAÚJO, 1999, 2014; LA TAILLE, 2006). Fundamenta as propostas de ensino de leitura, escrita e oralidade uma perspectiva de ensino de língua ancorada na visão de linguagem como prática social (SOLÉ, 1998; MIRANDA, 2006; KOCH e ELIAS, 2014, ANTUNES, 2010). A ressignificação do ambiente e das relações interpessoais entre os partícipes da sala de aula favoreceu as práticas linguísticas e tornou possível o processo da ensino-aprendizagem. O trabalho desenvolvido está apresentado em dois documentos: um Caderno Pedagógico digital e interativo que descreve e justificativa a ação interventiva e um documento dissertativo com as bases teóricas, metodológicas e a análise diagnóstica da sala da aula em foco.