Florística e conservação de uma área de canga na região do quadrilátero ferrífero, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Castro, João Luís Lobo Monteiro de lattes
Orientador(a): Salimena, Fátima Regina Gonçalves lattes
Banca de defesa: Menini Neto, Luiz lattes, Andrade, Lívia Echternacht lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18097
Resumo: Este estudo tem como foco a biodiversidade e a conservação dos Campos Rupestres Ferruginosos (CRF), também conhecidos como cangas ferruginosas, localizados na região do Quadrilátero Aquífero-Ferrífero (QAF) em Minas Gerais, Brasil. Reconhecida por sua alta diversidade biológica e elevado grau de endemismo, essa região enfrenta ameaças significativas devido às intensas atividades de mineração e à insuficiência de medidas de proteção ambiental. A pesquisa concentra-se na Serra do Pires, localizada ao sul do QAF, uma área que abriga uma extensa formação de canga ferruginosa, cuja flora é, em grande parte, desconhecida pela ciência. O inventário florístico realizado na Serra do Pires identificou 484 espécies de plantas vasculares, distribuídas em 309 gêneros e 98 famílias, das quais 18 são endêmicas do Quadrilátero Ferrífero e 23 encontram-se em alguma categoria de ameaça. Esses dados refletem a singularidade dos ecossistemas locais e a predominância de fitofisionomias características, como campos limpos e sujos com matacões e cangas. Além disso, o estudo avalia a distribuição e o estado das Unidades de Conservação (UCs) no QAF, revelando uma proteção desigual e insuficiente dos CRF, áreas de alta biodiversidade. A análise espacial, combinada com dados de Modelos Digitais de Elevação (MDE), mostra que aproximadamente 12,65% do QAF, situado acima de 1.100 metros de altitude, pode ser classificado como CRF. No entanto, as UCs existentes são inadequadas para garantir a conservação efetiva desses ecossistemas. O estudo também destaca a importância dos movimentos sociais na proteção ambiental, que emergem como atores essenciais na defesa de áreas críticas, como o Pico da Pedra Grande e a Serra do Pires, apontando para a necessidade de políticas públicas mais robustas e uma abordagem integrada na gestão do território para assegurar a preservação da biodiversidade.