Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Narjara Lopes de
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Orientador(a): |
Konno, Tatiana Ungaretti Paleo
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Banca de defesa: |
Faria, Ana Paula Gelli de
,
Barros, Fábio de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3908
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Resumo: |
Neste trabalho, é apresentada a lista de espécies de Orchidaceae da Serra Negra/Serra do Funil (SN/SF), associada à distribuição das espécies ao longo do gradiente altitudinal e ao mosaico de ambientes encontrados na área. A flora de Orchidaceae da SN/SF, também é investigada sob aspectos das relações florísticas com 29 localidades nos estados da região Sudeste do Brasil, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. A área de estudo está inserida no complexo de serras da Mantiqueira, na Zona de Mata de Minas Gerais, local muito interessante biologicamente. Foram realizadas sete expedições à área, sendo os espécimes depositados no herbário CESJ. O gradiente altitudinal foi dividido em oito classes com 100m de amplitude. As fisionomias foram definidas informalmente como interior de mata, campo, área de transição campo-mata e área degradada. As informações do habitat e altitude de ocorrência dos espécimes foram obtidas in situ, ou retiradas do seu rótulo de herbário. Através do teste qui-quadrado (χ2), foi testada a associação entre as categorias de preferência por substrato e as classes altitudinais. Para analisar a similaridade florística entre as 29 localidades, utilizou-se o coeficiente de Sørensen, o algoritmo UPGMA e 5000 replicações de bootstrap. O teste de Mantel foi utilizado para testar a correlação entre a distância geográfica e a similaridade florística. Foram registradas 109 espécies de orquídeas, em maioria (51%) epífitas. Os microhabitats encontrados nos interiores das matas e nas regiões de campo resguardam as maiores riquezas, bem como muitas espécies exclusivas, reforçando a importância dos mesmos, na conservação das orquídeas. As classes 900-1000m, 1301-1400m e 1501-1600m, concentram a maior riqueza de espécies, fato atribuído ao grau de conservação da vegetação e também às suas características ambientais, como umidade e heterogeneidade de habitats. O teste χ2 mostrou não existir associação entre as categorias de preferência por substrato (terrícola e epífita) e as classes de altitude. A análise de agrupamento mostrou alta significância estatística, e índices de similaridade baixos, exceto para os grupos formados por Serra Negra/ Serra do Funil + Parque Estadual do Ibitipoca e Parque Estadual da Ilha do Cardoso + Estação Ecológica Juréia-Itatins. A característica mais visível nos grupos representados no dendrograma é o agrupamento das áreas com alguma semelhança ambiental. A SN/SF mostrou-se mais similar a outras áreas de campo rupestre sob influência da Mata Atlântica, e também está associada ao Parque Nacional do Itatiaia e a Reserva Biológica de Macaé de Cima, com cerca de 56% de espécies compartilhadas, sugerindo sua posição como corredor florístico, entre as serras do Itatiaia e do Ibitipoca. As regiões de campos rupestres foram destacadas no dendrograma, em termos particularidades florísticas. O teste de Mantel revelou não haver associação entre a similaridade florística e as distâncias geográficas entre as áreas. Para a definição dos fatores bióticos e abióticos que determinam a similaridade florística são sugeridos estudos posteriores, utilizando outros métodos multivariados, juntamente a estudos biogeográficos. |