Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Gabriel Landim de
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Orientador(a): |
Coutinho, Iluska Maria da Silva
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Banca de defesa: |
Thomé, Cláudia de Albuquerque
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Costa, Cristiane Finger
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15949
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Resumo: |
A Federação Nacional dos Jornalistas registrou um crescimento significativo de episódios violentos contra a imprensa em 2020 no Brasil. No ano seguinte, um recorde de casos foi registrado pela entidade. Durante esse período, a TV Globo e seus profissionais foram alvos frequentes de ataques, motivados, principalmente, pela cobertura da pandemia da Covid-19. Furiosos, os agressores tomavam, à força, o microfone dos repórteres e até danificavam os equipamentos; usavam, inclusive, força física como alternativa para barrar a emissão de informações que contrariavam suas próprias convicções. O objetivo desta pesquisa foi compreender como o Jornal Nacional (JN) narra e defende o papel do Jornalismo ao noticiar as agressões sofridas pelos profissionais, além de entender eventuais mudanças nas formas de registrar a atividade da imprensa. Para isto, foram mapeados os episódios de agressão veiculados no JN entre 2020 e 2021, diante dos recordes registrados nesse período. Por meio da Análise da Materialidade Audiovisual (Coutinho, 2018), foram analisadas as abordagens utilizadas pelo Jornal Nacional ao noticiar os episódios agressivos, sob a ótica da Dramaturgia do Telejornalismo (Coutinho, 2012). Por meio de entrevistas, foram investigadas as mudanças na rotina produtiva de modo a resguardar a integridade dos jornalistas e, ao mesmo tempo, garantir o registro de eventuais ataques. Assim, foi possível compreender as estratégias narrativas e de edição utilizadas pelo JN na defesa dos profissionais e do exercício da imprensa. Deste modo, evidenciou-se que o principal telejornal de TV aberta do país leva em conta diferentes valores-notícia presentes nos episódios agressivos contra jornalistas. O JN defende, sobretudo, a liberdade de imprensa e a democracia, mas com pouca ênfase nos profissionais vitimados. Na cobertura dos episódios, o jornalista passa a ser a notícia, invertendo uma máxima do campo profissional. Se historicamente o telejornalismo sempre mostrou conflitos, agora se mostra inserido em uma batalha pela informação. No dia a dia, o jornalista precisou adaptar sua rotina para se proteger e registrar possíveis ataques contra as equipes. |