Crise de 2007/2008 e Banco Mundial: os ajustes estruturais e suas relações com a contrarreforma do ensino médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barbosa, Fabrício Teixeira lattes
Orientador(a): Nozaki, Hajime Takeuchi lattes
Banca de defesa: Martins, André Silva lattes, Melo, Adriana Almeida Sales de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11337
Resumo: Este estudo tem por objetivo identificar e analisar os documentos elaborados pelo Banco Mundial a partir do período da crise de 2007/2008 e que tipo de relações eles podem estabelecer com a contrarreforma do ensino médio realizada no governo Temer. O referencial teórico metodológico adotado para análise é o materialismo histórico dialético. Como estratégia de pesquisa, baseado no recorte temporal da crise de 2007/2008, realizou-se análise dos documentos do Banco Mundial voltados à proposta de formação humana dos alunos da educação básica dos países periféricos e também aqueles especialmente direcionados ao Brasil. A pesquisa revela que após a crise de 2007/2008, o Banco Mundial produziu documentos direcionados ao campo das políticas públicas educacionais dos países periféricos e do Brasil, com o intuito de organizar uma proposta de formação humana que atendesse as demandas de produtividade da nova fase do neoliberalismo. Identificou-se o quanto as formulações do Banco Mundial se aproximaram dos conteúdos da contrarreforma do ensino médio brasileiro, tomando como referência a compreensão da educação como elemento capaz de aumentar os níveis de desenvolvimento econômico do país, por meio do desenvolvimento de competências. Concluiu-se que a contrarreforma do ensino médio responde a um projeto pedagógico hegemônico de mundialização do capital que está atrelado às bases materiais do novo regime de acumulação, além de reforçar o dualismo educacional, ofertando um ensino precário e aligeirado para a maioria dos alunos provenientes das frações populares da classe trabalhadora.