Saturação em comunidades zooplanctônicas de ambientes perenes e temporários: uma abordagem experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nascimento, Monalisa de Oliveira lattes
Orientador(a): Bozelli, Reinaldo Luiz lattes
Banca de defesa: Soares, Maria Carolina Silva lattes, Santangelo, Jayme Magalhães lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4519
Resumo: Estudos sobre saturação de espécies buscam conhecer o papel relativo de fatores locais e regionais sobre a estruturação das comunidades. No caso de comunidades zooplanctônicas, os resultados encontrados são bastante divergentes, tornando necessário o preenchimento de certas lacunas. Uma destas está na comparação entre diferentes tipos de ambiente, como perenes e temporários, que apresentam comunidades com características bem distintas. Lagoas temporárias passam periodicamente por eventos de seca e, considerando organismos aquáticos, este é um dos mais fortes distúrbios experimentados, pois impõe severas restrições fisiológicas e comportamentais. Baseado nestes fatos, este estudo tem como hipótese principal que lagoas temporárias apresentam comunidades zooplanctônicas insaturadas, enquanto lagoas perenes apresentam comunidades zooplanctônicas saturadas. Para testá-la, foi realizado um experimento em mesocosmos onde as comunidades zooplanctônicas destes dois tipos de lagoas foram manipuladas, bem como o evento de dispersão. Os resultados indicam que ambas apresentam-se saturadas e que, portanto, fatores locais são predominantemente mais importantes do que a dispersão (fator regional) sobre a estruturação destas comunidades. Dentre estes fatores locais, os fatores abióticos atuam como filtros selecionadores de espécies e parecem ser mais importantes do que as interações bióticas com as comunidades residentes.